Os EUA anunciaram, nesta sexta-feira (14), uma grande operação de luta contra a fraude nos seguros de saúde, com um prejuízo estimado em 1,3 bilhões de dólares e mais de 400 acusados.
“Está em curso a maior operação de repressão da fraude sobre seguros médicos da história dos Estados Unidos”, disse Jeff Sessions, ministro da Justiça, em coletiva de imprensa sobre o assunto.
Segundo a CNBC, centros de desintoxicação de drogas foram acusados de terem fraudado seguros de saúde para prescrever medicamentos opiáceos, que os pacientes não precisavam, para permitir que eles revendessem o produto na rua.
Pelo menos 56 médicos foram apanhados na investigação e 295 profissionais de saúde foram alvo de procedimentos de suspensão ou afastamento do sistema de saúde federal.
Os EUA atravessam uma grave crise ligada à dependência de muitos norte-americanos de opiáceos, uma categoria que engloba medicamentos analgésicos entregues por encomenda, e de heroína, muitas vezes misturada com substâncias sintéticas.
“Um americano morre por overdose a cada onze minutos e mais de dois milhões de americanos estão presos pela sua dependência de analgésicos entregues sob encomenda”, referiu Sessions.
O ministro citou como exemplo um grupo de pessoas do Estado de Michigan, entre os quais seis clínicos, que foram acusados de montar um esquema de prescrição constante aos pacientes de medicamentos opiáceos, que não precisavam, sendo uma parte destes produtos revendida na rua.
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