O ex-chefe militar dos croatas bósnios morreu, nesta quarta-feira (29), depois de ingerir veneno quando foi confirmada a sua condenação a 20 anos de prisão pela Corte Internacional de Justiça, no Tribunal de Haia (Países Baixos), noticiou a mídia croata.
Slobodan Praljak, de 72 anos, teria deliberadamente tomado veneno após a confirmação da sua condenação a 20 anos de prisão. A informação ainda não foi confirmada pela polícia holandesa ou por responsáveis do tribunal.
Segundos depois de os juízes do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) confirmarem a pena – por envolvimento em uma campanha contra os muçulmanos durante a Guerra da Bósnia e de formação de um miniestado croata nesta ex-república iugoslava – o ex-chefe militar croata gritou “não sou um criminoso de guerra”.
Em seguida, tirou uma pequena garrafa do bolso e bebeu seu conteúdo. A audiência foi suspensa de imediato e seu advogado afirmou que o “cliente tomou veneno”.
O tribunal apresentava o resultado do recurso apresentado por Praljak e por outros cinco ex-dirigentes e chefes militares dos croatas da Bósnia, condenados em 2013 por perseguirem, expulsarem e assassinarem muçulmanos, entre 1992 e 1994.
Dois outros condenados também viram suas sentenças confirmadas antes de a audiência ter sido interrompida.
Previamente, a televisão croata tinha referido que a presidente, Kolinda Grabar Kitarovic, tinha decidido encurtar sua visita oficial à Islândia, enquanto o governo de Zagreb se preparava para uma reunião de emergência.
Na semana passada, Ratko Mladic, o antigo chefe militar sérvio bósnio, foi condenado a prisão perpétua. O Tribunal o declarou culpado de dez das onze acusações de que era alvo – duas de genocídio, quatro de crimes de guerra e cinco de crimes contra a Humanidade.
Ciberia // ZAP