Paleontólogos das universidades russas de São Petersburgo e Tomsk descreveram uma nova espécie de titanossauro que habitava a Sibéria, à qual chamaram de Sibirotitan astrosacralis.
“O animal é o segundo saurópode que recebeu nome científico na Rússia e é uma das formas de titanossauros mais antigas descobertas na Ásia”, afirma uma nota de imprensa da Universidade de São Petersburgo divulgada neste sábado.
A descrição da nova espécie foi realizada a partir de dentes, vértebras e um osso sacro de cerca de meio metro de comprimento achado perto da cidade siberiana de Shestokovo, famosa pelos achados de fósseis de dinossauros.
O Sibirotitan astrosacralis é um saurópode, um dinossauro herbívoro de grandes dimensões, pescoço longo, cabeça pequena, patas grossas e cauda robusta. Segundo os paleontólogos russos, a nova espécie não estava entre os maiores titanossauros; media “apenas” 12 metros da cabeça à ponta da cauda e pesava cerca de dez toneladas.
Os fósseis foram achados junto ao rio Kiya, em uma falésia que, segundo os cientistas, esconde um esqueleto completo de um “Sibirotitan”, uma vez que acontecem novos achados a cada ano.
Pavel Skuchas, professor da Universidade de S.Petersburgo, considera que a descoberta na Sibéria de novas espécies de titanossauros levanta dúvidas sobre seu lugar de origem.
“Antes se considerava que os titanossauros tinham surgido no Cretáceo inferior, há 140 milhões de anos, na América do Sul”, declarou Skuchas na nota de imprensa, “mas os dados atuais permitem supor que apareceram na Ásia”.
A descoberta foi apresentada em um artigo publicado no fim do mês passado na revista especializada Geobios.
// EFE