Apenas dois meses após ter celebrado a conquista da Copa América jogando em casa, mantendo o registro 100% vitorioso em provas nas quais foi anfitrião, o Brasil se vê obrigado a defender o estatuto.
A realização da 47ª edição da Copa América em 2020 resulta da intenção da CONMEBOL em alterar a calendarização da prova.
Novidades à vista em 2020
A Copa América 2020 – que ocorre um ano após a mais recente edição, vencida pelo Brasil – sofrerá alteração em termos de calendarização. A partir do ano que vem, ao invés de ser disputada em anos ímpares como até agora, a competição vai passar a ser sempre disputada em anos pares, assim como o Campeonato Europeu. A regularidade, entretanto, irá manter-se quadrienal.
As datas já estão devidamente estipuladas: a prova vai ocorrer entre os dias 12 de junho e 12 de julho, computando exatamente um mês de competição.
A Argentina e a Colômbia vão ser as duas nações anfitriãs, em um cenário que não se verificava desde 1983, última ocasião em que duas seleções coorganizaram uma edição do campeonato. De resto, em 2024, já se sabe que o país que abrigará o torneio será o Equador.
Zoneamento
Para efeitos competitivos, a divisão das equipes em zonas é provavelmente a alteração que mais interessa.
Ao contrário do sistema tradicional de grupos, que vinha imperando nas últimas edições da Copa América, a partir de 2020 a prova vai ter outra estrutura. Os 12 times que irão participar do torneio – dez sul-americanos e dois convidados, que, no caso, serão Austrália e Qatar –, vão ser distribuídos em apenas dois grupos, cada um deles com seis seleções.
As quatro primeiras colocadas de cada agrupamento se qualificarão para as quartas de final, ao passo que as duas últimas ficarão de imediato pelo caminho. Na Zona Norte estão agrupados até então Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Já na Zona Sul vão competir Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, restando saber em qual das zonas vão ficar as duas seleções convidadas.
Favoritismo
A Copa América 2020 é ainda uma realidade distante para as seleções que irão participar dela, mas sites de apostas de futebol online, como o da Betway Esportes, já avançaram com as primeiras odds relativas ao time com mais chances de vencer o torneio.
O Brasil é o atual detentor do título, além de um dos times candidatos à vitória na edição da Copa América 2020. No entanto, a seleção orientada por Tite, técnico que desta vez espera contar com o outrora lesionado Neymar, não é a grande favorita à revalidação.
Nesse momento, as cotas colocam o favoritismo do lado da Argentina, segunda seleção a conquistar mais edições da prova, totalizando 14 vitórias, registro superado apenas pelo Uruguai.
Finalista derrotada em duas das últimas três edições da competição, a armada liderada por Leo Messi ainda aguarda conquistar seu primeiro título com “La Pulga” e companhia. A justificação para o atual estado das cotas reside, é claro, no fator “casa”. De resto, o trio de favoritos à vitória é precisamente composto pelos organizadores, Argentina e Colômbia, e pelo Brasil, seguidos do Uruguai.
Uruguaios sorriem na Argentina
A Argentina é a nação que mais vezes organizou a Copa América. Já foram nove edições, e a 10ª será computada precisamente no ano de 2020. A Argentina também está integrando a candidatura para a organização da Copa do Mundo 2030.
Nas últimas duas edições da Copa América disputadas no País das Pampas quem sorriu foi a seleção do Uruguai. Em 2011, os “Charrúa” bateram o Paraguai na final por 3 a 0. Isso depois de terem deixado para trás a anfitriã Argentina, nos pênaltis, e o Peru.
Em 1987, a situação foi muito similar, com os uruguaios assumindo uma espécie de papel de “besta negra” da Argentina. Na época, após a fase de grupos, o campeonato seguia de imediato para as semis.
Nessa fase, o Uruguai se superiorizou aos argentinos por 1 a 0, vencendo posteriormente o Chile na final com o mesmo placar. Suárez, Cavani e companhia limitada certamente querem dar continuidade a esse legado e reforçar o estatuto de maior campeão da América do Sul, ainda que as localidades em que o torneio será disputado não coloquem o favoritismo a seu lado.
Ao que parece, será uma Copa de grandes emoções, possivelmente rica em surpresas relativas a ambas as zonas e ao resultado final. Vamos ver quem levantará a taça quando chegar a ocasião.