Um jacaré que vive em uma lagoa no município de Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, foi agredido por alguns homens na cidade, após deixar a água e chegar a uma área frequentada por moradores da região.
O grupo estaria, supostamente, levando o animal de volta para a lagoa, mas vídeos e fotos feitos por testemunhas mostram excesso no tratamento ao jacaré.
Nas imagens (acima) que gerou revolta nas redes sociais, é possível ver que o animal teve a boca amarrada com uma corda e o rabo puxado pelos agressores. Um dos vídeos mostra, ainda que um homem subiu no jacaré e “cavalgou”, enquanto batia nele e puxava a corda que o amarrava, como se fosse um cavalo.
A situação ocorreu na sexta-feira (12). As imagens foram compartilhadas nas redes sociais durante o fim de semana e chamaram a atenção de autoridades da cidade. A presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Carolina Busseni, contou ao G1 que está apurando a situação, que, para ela, caracteriza crime de maus-tratos.
“De imediato a gente divulgou novamente nas redes sociais, para trazer o fato a público e vamos encaminhar ao Ministério Público e à polícia, para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis no caso. Está caracterizado crime de maus-tratos, pelo fato de ter submetido o animal a uma situação de medo, pavor, subjugado esse animal. Então, não resta dúvidas sobre o crime de maus-tratos”, relatou.
Um dos homens que afirma ter participado do “resgate” do jacaré nega que o grupo tenha agredido o animal. No entanto, o homem não negou que um deles tenha subido no jacaré durante o resgate.
“A gente imobilizou ele direitinho. Não espancou ele, como disseram aí, que teve espancamento. Não teve espancamento com o bicho, porque, se tivesse espancamento, eu chamava a polícia”, contou o eletricista Januário de Jesus.
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