Arthur Wagner, um político da AfD, partido de extrema-direita alemã que se opõe à islamização da Alemanha, se demitiu depois de se converter ao Islã. A razão oficial dada por ele foi “motivos pessoais”.
De acordo com o Observador, Wagner se converteu ao Islã nas últimas semanas e, embora garanta que continua no partido, deixou os órgãos diretivos. Ao The Local.de, o responsável não deu, contudo, explicações sobre a razão pela qual se converteu ao Islã, por considerar que se trata de uma “questão pessoal”.
Wagner foi um dos defensores da ideia de que Angela Merkel tinha cometido um “erro enorme” ao permitir a entrada de refugiados islâmicos na Alemanha, com sua política de “fronteiras abertas”. Na época, em declarações citadas pelo Tagesspiegel, Wargner afirmou que “a Alemanha está se transformando em um país diferente”.
Mas, apesar de o seu partido defender que o Islamismo “não tem lugar na Alemanha” e de considerar a ideologia do multiculturalismo como “uma ameaça à paz social e à unidade cultural”, Arthur Wagner se envolvia em iniciativas de acolhimento a refugiados frequentemente.
Daniel Friese, porta-voz do partido AfD, disse, porém, a vários jornais que o partido não tem qualquer problema com a decisão do líder. “A religião é uma questão do foro privado. Acreditamos na liberdade religiosa, nos termos em que é definida na Constituição”, referiu segundo o Observador.
Ciberia // ZAP