Cientistas de Minas Gerais desenvolveram uma pomada cicatrizante feita com extrato de urucum, que teve eficácia comprovada em ferimentos causados pela diabetes e no tratamento dermatológico de psoríase, escara, peles debilitadas e até em queimaduras.
Além de ser natural e não possuir corticoide, presente na grande maioria das pomadas para pele, ela acelera a cicatrização nas lesões de pele e é 100% brasileiro.
O urucum costuma ser usado na gastronomia para fazer um tempero bastante conhecido, o coloral, mas teve seu poder cicatrizante acidentalmente descoberto por um pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), o mineiro Aloísio dos Reis.
Tudo começou quando ele fazia outra pesquisa tentando encontrar uma resina para uma empresa multinacional. “Pesquisava sobre formas de estabilização da madeira para a produção de lápis. Ao manipular o extrato de urucum com a mão machucada, observei que as lesões cicatrizaram mais rapidamente”, contou a Revista PEGN.
Assim, ele e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal de Viçosa (UFV), criaram a Profitus, empresa brasileira selecionada pelo programa Programa de Incentivo à Inovação (PII), que incentiva a criação de novas tecnologias, produtos e processos inovadores para o mercado, a partir do conhecimento gerado nas instituições de ensino e permitiu que essa pomada se tornasse comercialmente vendável.
A pomada cicatrizante Newderm já está sendo vendida em farmácias, lojas especializadas para diabéticos, de produtos naturais e no site da Profitus por R$ 47. Além do preço ser mais baixo do que o das pomadas similares, a eficácia é de 96%.
“Tivemos bons resultados em mais de 96% dos usuários que testaram o produto, reduzindo o intervalo de tempo da cicatrização. Em aplicações como escara, o paciente sente efeito em até 12 horas, e em 80% das pessoas com psoríase os resultados foram percebidos em 36 horas”, afirma Aloísio.
Ciberia // PEGN / Razões para Acreditar