Na última pesquisa eleitoral do instituto Datafolha, no começo de abril, o economista João Amoêdo oscila entre 0% e 1% das intenções de voto, dependendo do cenário analisado.
O resultado talvez fosse outro se o levantamento tivesse sido feito somente no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo onde fica a sede do Novo, o partido fundado por João Amoêdo. A BBC conversou com o pré-candidato à Presidência da República na sexta-feira passada na sede da legenda.
Na rua em frente, a reportagem da BBC viu o engenheiro e economista ser reconhecido por pelo menos uma dupla de passantes, enquanto andava da sede do Novo até um prédio residencial alguns metros adiante.
Amoêdo frisou várias vezes o ponto central de sua plataforma: diminuir a intervenção do Estado na economia (com privatização e menos impostos, por exemplo) para dar mais protagonismo aos cidadãos.
“A privatização, pra gente, não é um fim em si mesmo. É um meio. A gente gostaria de ter melhor qualidade na Saúde, na Educação. E, pra isso, é importante que o Estado defina prioridades, áreas onde deveria estar atuando, defina um foco”, declarou à BBC.
“E não faz sentido, portanto, ele [o Estado] estar fazendo gestão de empresas, estar fazendo gestão de distribuidora de petróleo, empresa de correios, instituições financeiras. No nosso entendimento, a população terá um ganho enorme na gestão desses outros negócios se o Estado sair”
Carioca, católico e pai de três filhas já adultas, Amoêdo não vê nenhuma razão para manter qualquer uma das empresas públicas existentes atualmente (inclusive Petrobras, Caixa Econômica e Banco do Brasil).
O pré-candidato acredita ainda que serviços como Saúde e Educação poderiam ser prestados pela iniciativa privada, com o Estado dando diretamente dinheiro para os menos abastados pagarem essas despesas. Esta última ideia foi formulada por um dos papas do liberalismo contemporâneo, o economista Milton Friedman (1912-2006).
Para Amoêdo e o Novo, porém, a defesa intransigente da liberdade individual termina no bolso: o pré-candidato se esquiva de temas polêmicos como o aborto; e conta que a sigla prefere deixar questões como estas a critério de cada um de seus candidatos.
Apesar de ter trabalhado a vida toda como executivo de bancos, Amoêdo diz que não é um mero representante do setor financeiro e muito menos um banqueiro (dono de banco); na verdade, o setor já está bem representado pelos partidos tradicionais e nunca lucrou tanto quanto nos governos do PT, argumenta Amoêdo.
Ao longo dos últimos oito anos, Amoêdo calcula ter tirado do próprio bolso algo como R$ 4,5 milhões para levantar o partido. Outras doações importantes vieram do banqueiro Pedro Moreira Salles, do Itaú (R$ 100 mil); e de Cecília Sicupira, mulher do investidor Beto Sicupira. Hoje, diz Amoêdo, o Novo é sustentado integralmente por cerca de 19 mil filiados, que contribuem cada um com R$ 29 mensais para a sigla.
Ciberia // BBC
realmente, não há nada de novo, no NOVO.
só falácia e um tom PSDB, na comunicação.
idéias que nada tem de inovação ou pé na realidade do sistema político do Brasil.
conversa fiada.
quando olho para o João Amôedo vejo João Dória Jr.
e todo o discurso vazio do neo-liberalismo.
Mas, pelo menos, ele está dando a cara a tapa. Não ficou na poltrona apenas criticando…
Esse é o comportamento do empresariado brasileiro, gostam só de boquinhas para faturar com benefícios do estado. Vamos privatizar tudo, porém não pode haver concorrência, se não não quero, é o que diz o empresários brasileiros que não gastam um tostão sem garantias do governo, ou de pires na mão pedem para não pagar impostos, pedem renegociação e até perdão de dívidas. Quer saber? O Brasil não fabrica equipamentos médicos complexos, como para ressonancia magnetica, tomografia computadorizada e outros equipamentos, sabem por quê? Tem de colocar dindim na frente em pesquisa e desenvolvimento e quem quer ter trabalho? A Petrobras líder em patentes e em excelência na atividade de petróleo, está sendo fatiada e vendida a preços de bananas, sabe por quê? Dindim fácil, melhor que trabalhar, melhor deixar com empresas multinacionais que até podemos supor pagar umas criptomoedas de comissão. Caso SHELL – Medida Provisória da Shell dá R$ 1 tri a multinacionais do petróleo e elimina 1 milhão de empregos – Associação de indústria de máquinas denunciam que a medida destrói indústria naval brasileira e põe o país “de joelhos” perante empresas como a Shell. Agora todos entendem porque João Amoêdo, do partido NOVO, mas velho de hábitos não republicanos querem?