O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira que não será candidato à reeleição, e que o decreto para intervir na segurança pública do Rio de Janeiro não foi “jogada eleitoral”.
Presidente nega intenções eleitorais na intervenção federal na segurança pública do Rio e afirma que, se ela não der certo, foi o seu governo que errou, e não as Forças Armadas. “É uma jogada de mestre, mas não é eleitoral. Não tem nada de eleitoral nesta questão”, disse.
Temer chegou ao poder em maio de 2016, quando, na qualidade de vice-presidente, substituiu a então presidente Dilma Rousseff, destituída pelo Congresso.
Na entrevista, Temer afirmou que, se a intervenção federal no Rio de Janeiro não der certo, o governo dele não deu certo. Ele acrescentou ter absoluta convicção de que dará certo. “É um jogo de alto risco, mas é um jogo necessário.”
“Se não der certo, não deu certo o governo, porque o comandante supremo das Forças Armadas é o presidente da República. De modo que as Forças Armadas nada mais fizeram do que obedecer o comando do seu comandante supremo. Se não der certo, foi o governo que errou, não foram as Forças Armadas”, declarou Temer.
Na entrevista, Temer disse que o governo federal chegou a cogitar uma intervenção total no Rio de Janeiro. Mas, segundo o presidente, a medida era muito radical e, por isso, foi descartada.
Temer disse que, numa intervenção total, o governador pode ser afastado. “Foi cogitado num primeiro momento, mas logo afastei a ideia por que seria uma coisa muito radical, e logo refutei. E refutando ficamos com a conclusão de que deveríamos intervir na área da segurança pública e no sistema penitenciário.”
Temer disse que ele e ministros conversaram com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que concordou com a intervenção na área de segurança pública. O presidente destacou que não se trata de uma intervenção militar, mas civil e administrativa.
// Deutsche Welle / Reuters