Com ou sem gás e com ou sem cor, as águas com sabor são uma escolha recorrente entre as pessoas que não apreciam a água no seu estado mais natural, mas acarretam sérios riscos para a saúde dos dentes.
Embora as versões de água com sabores até possam conter alguns nutrientes adicionais, a verdade é que grande parte das que são comercializadas é feita com citrinos ou outras frutas ácidas, o que, apesar de dar um gosto agradável, causa uma erosão significativa dos dentes, uma vez que promove a dissolução gradual do esmalte.
O consumo regular destas bebidas, a longo prazo, “pode afetar a integridade estrutural dos dentes, tornando-os hipersensíveis à temperatura“, explica o médico Edmond R. Hewlett, membro da Associação Dentária Americana e professor da Escola Dentária da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, em declarações ao Washington Post.
Além disso, o consumo destas águas também aumenta o risco de cáries, de acordo com Hewlett.
Para que este tipo de bebida não seja um verdadeiro ‘veneno’ para os dentes, deve-se ter especial atenção ao pH, sendo que tudo o que for abaixo de quatro é para se evitar. Isto se explica porque quanto menor for o pH da bebida, maior é o risco que comporta para os dentes. O ideal é que a água esteja entre os 6 e os 8 de pH, destaca a publicação.
Hewlett explica no mesmo jornal que o consumo esporádico destas águas com sabor não é problemático. “É o consumo regular e frequente que pode ser perigoso para os seus dentes”, alerta o médico.
“O problema é quando as pessoas bebem estas águas ao invés de água simples como sua principal hidratação. A melhor bebida que se pode beber é água fluoretada simples“, recomenda o médico.
Outra recomendação de Hewlett é que, sempre que se opte por bebidas com sabor, se procure minimizar ao mínimo possível o contato com os dentes.
“Muitas pessoas têm o hábito de segurar ou bochechar a água carbonatada na boca. Isto pode exacerbar o problema”, afirma, destacando que o melhor é beber a água de uma vez.
E evite lavar os dentes logo de seguida, uma vez que este procedimento “pode acelerar a perda do esmalte”, conclui o médico.
// ZAP