Os maiores espinossauros poderiam alcançar cerca de 15 metros. Mas uma garra da falange encontrada em 1999 pertencia a um indivíduo que tinha apenas 1,78m de comprimento.
O menor exemplar de espinossauro que se conhece foi encontrado, graças à análise de uma pequena garra guardada no Museu de História Natural de Milão, na Itália.
Em 1999, foi encontrada no Marrocos uma garra de uma falange de um pé com 21 milímetros. No entanto, não se sabia a quem pertencia. Em 2004, descobriu-se um pé direito, quase todo preservado, de um espinossauro (Spinosaurus aegyptiacus) e o mistério foi desvendado.
Os ossos dos pés dos dois exemplares foram comparados e os cientistas chegaram à conclusão que a pequena falange era de um pequeno espinossauro que viveu no Cretáceo, período entre 145 milhões e 65 milhões de anos atrás. O espinossauro era um dos maiores dinossauros carnívoros, cuja espécie foi descrita em 1915.
O pequeno osso pertencia a um indivíduo que tinha 1,78 metro de comprimento. Já o espinossauro descoberto há quatro anos tinha 11 metros e sua garra da falange media 13 centímetros. Os maiores indivíduos desta espécie chegavam a medir 15 metros de comprimento.
“Além da raridade dos fósseis dos dinossauros terópodes (carnívoros bípedes), e da raridade dos ossos do Spinosaurus, essa descoberta é ainda mais marcante se considerarmos o tamanho significativo que alguns exemplares de Spinosaurus atingiriam”, diz em comunicado Simone Maganuco, do Museu de História Natural de Milão e um dos autores do estudo.
A garra sugere ainda que o pequeno indivíduo tinha as mesmas adaptações locomotoras dos animais maiores, que atravessavam terrenos pantanosos. Além disso, escreve o Público, o indivíduo conseguiria ainda andar na água para apanhar peixes. O trabalho foi publicado recentemente no PeerJ – Journal of Life & Environmental Sciences.
Ciberia // ZAP