Há uma nova teoria sobre o desaparecimento do submarino argentino ARA San Juan, de que não há sinal há 26 dias. Um especialista da Inteligência Naval dos EUA acredita que ele sofreu uma explosão “letal” que matou a tripulação instantaneamente.
ARA San Juan
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A nova teoria, que assenta na ideia de que um evento fulminante causou a implosão do submarino, aparece em um relatório da Inteligência Naval dos EUA, conforme reporta o site de notícias argentino Todo Noticias.
O relatório, elaborado pelo ex-perito da marinha norte-americana, Bruce Rule, que tem mais de 40 anos de experiência na análise de sinais acústicos, se debruça sobre a “anomalia hidroacústica” detectada pela Organização do Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares, no dia em que o submarino desapareceu e na zona da sua última posição conhecida.
A teoria de Bruce Rule é que o submarino sofreu “um colapso letal” que liberou uma “energia semelhante a uma explosão de 5.700 quilos de TNT“, conforme cita o Todo Noticias.
O perito acredita que o incidente fulminante se deu a 390 metros de profundidade, resultado de um evento que teria danificado o casco interior que protegia o submarino da pressão do mar. A água teria, então, entrado no submarino a uma velocidade de aproximadamente 2.900 quilômetros por hora.
“O casco interior foi destruído em aproximadamente 40 milissegundos“, considera Rule, segundo frisa a publicação. O especialista diz ainda que os 44 tripulantes “não se afogaram, nem experimentaram dor”, mas que “morte foi instantânea“.
O submarino teria caído então até o fundo do mar a uma velocidade de 18 a 24 quilômetros por hora, ainda segundo o mesmo perito.
A Marinha argentina reage com cautela sobre a nova versão. “Não descartamos nada, mas não deixa de ser uma análise de um especialista acústico em função do primeiro relatório”, que menciona a “anomalia hidroacústica”, constata o porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi.
As buscas pelo submarino continuam, sem data para acabar, mas nenhum vestígio foi encontrado até agora.
“É como tentar encontrar um cigarro de 6 centímetros em um campo de futebol“, explica Enrique Balbi.
Ciberia // ZAP