O McDonald’s não aceita o não da Prefeitura de Florença, que não lhe dá autorização para a abertura de um restaurante na cidade italiana, e vai processar a autarquia, reclamando uma indenização de 18 milhões de euros por discriminação.
O conflito entre o McDonald’s e a autarquia de Florença começou em Junho, quando o prefeito Dario Nardella rejeitou o projeto da empresa norte-americana para abrir um restaurante na Piazza del Duomo, uma das praças mais centrais e marcantes da cidade.
A decisão foi depois apoiada por uma comissão técnica que tem como missão a preservação do coração histórico de Florença, uma das cidades mais turísticas de Itália e particularmente apreciada pela sua arquitetura gótica e renascentista.
O McDonald’s ainda alterou o projeto para responder às exigências da autarquia, mas nada feito.
A Prefeitura mantém o não e a empresa avança assim com um processo, onde reclama uma indenização de 17,8 milhões de euros por danos que prevê perder nos próximos 18 anos, por não poder abrir o restaurante.
A gigante da fast-food argumenta que está sendo discriminada e refere que tinha planeado “operar respeitosamente perante as políticas locais, até aceitando introduzir produtos locais típicos” na sua oferta de venda, conforme uma nota divulgada pela BBC.
“Concordamos por completo que a herança cultural e artística e os centros históricos das cidades italianas têm que ser protegidos e garantidos, bem como as tradições e as pequenas lojas históricas, mas não podemos aceitar regulações discriminatórias que lesam a liberdade da iniciativa privada sem serem vantajosas para ninguém”, afiança ainda a McDonald’s, segundo transcrição da BBC.
Mas nada vai fazer mudar de ideias o irredutível autarca Dario Nardella, que já vincou bem a sua posição.
“O McDonald’s tem o direito de submeter um pedido porque é permitido pela lei, mas nós também temos o direito de dizer não“, destaca o prefeito de Florença.
// ZAP