Estrelas de ramo horizontal extremo são mais brilhantes e têm um ciclo de vida inferior ao das estrelas comuns, de acordo com um novo estudo.
Os astrônomos estudaram o comportamento de um tipo especial de estrelas, chamado estrelas de ramo horizontal extremo, que muitas vezes mudam a intensidade de seu brilho por uma razão previamente desconhecida.
O ramo horizontal é o estágio de evolução estelar que dá origem a um estágio chamado de gigantes vermelhos. Estas estrelas obtêm sua energia da combustão termonuclear do hélio no núcleo, enquanto a camada externa converte o hidrogênio restante em hélio.
Uma estrela que se torna um ramo horizontal sofre mudanças estruturais significativas e como resultado perde brilho e fica com uma maior temperatura superficial.
Segundo um estudo publicado na segunda-feira (1º) na revista Nature Astronomy, essas estrelas têm uma massa de metade da do Sol, mas são quatro a cinco vezes mais brilhantes. Além disso, seu ciclo de vida é menor do que o das estrelas comuns.
Entretanto, os pesquisadores concluíram que a causa das ondulações eram manchas gigantescas que ocupam um quarto da superfície da estrela e eram causadas por campos magnéticos. À medida que a estrela gira, a mancha aparece e desaparece, causando mudanças de brilho.
Ao contrário de estruturas similares no Sol, estas manchas são mais quentes do que o ambiente em seu redor e assim permanecem por décadas. As erupções, que também são geradas por campos magnéticos, são 10 milhões de vezes mais intensas do que as erupções solares.
Um dos mistérios relacionados a essas estrelas incomuns é que, embora geralmente tenham companheiras, é provável que permaneçam nos aglomerados globulares, nome dado a grupos compactos de até um milhão de estrelas que se mantêm pela gravidade mútua junto de um centro galáctico.
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