Nesta terça-feira (1º), a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial da vacina CoronaVac contra o coronavírus SARS-CoV-2, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
O anúncio sobre a licença do imunizante contra a COVID-19 foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa.
No momento, a CoronaVac é a sexta vacina aprovada pela OMS para uso emergencial no contexto da pandemia da COVID-19. Dessa forma, todos os imunizantes em aplicação no Brasil — o que inclui também a Covishield (AzstraZeneca/Oxford) e fórmula d Pfizer/BioNTech — contam com o aval da organização.
“Hoje, tenho o prazer em anunciar que a vacina Sinovac-CoronaVac recebeu autorização para uso emergencial da OMS após ser considerada segura, efetiva e de qualidade garantida após duas doses da vacina inativada”, afirmou Tedros. “Além disso, os requisitos simples de armazenamento tornam a vacina muito adequada para locais com poucos recursos”, completou.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o procedimento para a autorização “avalia a adequação de novos produtos de saúde durante emergências de saúde pública” com o objetivo de “disponibilizar medicamentos, vacinas e diagnósticos o mais rápido possível para atender à emergência, respeitando critérios rigorosos de segurança, eficácia e qualidade”.
Aprovação permite a entrada no COVAX Facility
No combate à pandemia da COVID-19, a autorização da OMS é vista como uma diretriz para muitas agências reguladoras nacionais. A partir do momento em que o órgão internacional atesta a segurança e a eficácia de uma fórmula, isso pode, muito provavelmente, agilizar análises de outros países.
Além disso, com o selo da OMS, a vacina CoronaVac poderá ser adotada pelo programa internacional para o acesso igualitário de imunizantes, o COVAX Facility. A meta da iniciativa é fornecer cerca de dois bilhões de imunizantes contra a COVID-19 para os países em desenvolvimento.
Vale lembrar que a CoronaVac é utilizada no Brasil desde janeiro e mais de 47 milhões de doses já foram encaminhadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Como doses da fórmula são produzidas no país, é possível que, no futuro, a vacina seja exportada também para outras nações.
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