O início da vida adulta acontece cada vez mais tarde. Esta é a conclusão de um estudo recente que identifica a idade mais avançada com que os adolescentes se casam ou têm filhos como um dos fatores para a mudança.
A adolescência é uma fase da vida na qual passamos por grandes mudanças a nível hormonal e comportamental, e está geralmente associada ao período de educação, que compreende o Ensino Fundamental e Médio.
Agora, um grupo de cientistas australianos e suecos defende que a idade que define o início e o fim da adolescência deve ser alterada, de forma a abranger as pessoas com idades entre 10 e 24 anos.
A ideia preconcebida de que a fase entre a infância e a idade adulta dura entre os 12 e os 19 anos foi agora ultrapassada por este estudo, no qual os cientistas afirmam que afinal a adolescência começa mais cedo e termina mais tarde.
No artigo, publicado na semana passada na The Lancet, os pesquisadores defendem que o aumento da idade que se entende como “adolescência” permitiria uma aplicação da lei de forma mais adequada.
De acordo com o Diário de Notícias (DN), os cientistas defendem também que a puberdade começa cada vez mais cedo, devido às melhorias registradas na alimentação, saúde e condições de vida. No entanto, afirmam que os indivíduos iniciam a vida adulta cada vez mais tarde.
Para além de fatores sociais, os cientistas apontam razões biológicas para o adiamento do início da vida adulta. O cérebro, por exemplo, continua se desenvolvendo para lá dos 20 anos, trabalhando de forma mais rápida e eficiente.
Neste contexto biológico, os cientistas alertam para o perigo de infantilizar os jovens, ressalvando, porém, que assumir responsabilidades “associadas à idade adulta”, como o casamento, a paternidade e a independência econômica, acontece em uma fase mais adiantada da vida.
Ciberia // ZAP