O americano Richard H. Thaler ganhou nesta segunda-feira (9) o prêmio Nobel de Economia pelos seus estudos da economia comportamental, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências.
O prêmio reconhece o trabalho de Thaler por integrar a economia e psicologia, explorando “como as limitações no raciocínio, as preferências sociais e a falta de autocontrole afetam as decisões individuais e as tendências do mercado”.
A Real Academia afirma, além disso, que o americano foi “pioneiro” neste âmbito, ao contribuir de forma decisiva “para construir uma ponte entre a análise psicológica e econômica dos processos de decisão individual”.
A perspectiva de conduta incorpora à economia “uma análise mais realista de como pensam e atuam as pessoas quando estão tomando decisões econômicas”, o que ajuda a “desenhar medidas e instituições que aumentam os benefícios para o conjunto da sociedade”.
Esta aproximação da economia difere da teoria tradicional, que assumia que as pessoas tinham bom acesso à informação e podiam processá-la de forma correta, algo que em algumas ocasiões se distanciava muito da realidade.
A contribuição de Thaler foi redefinir a análise das decisões, incluindo elementos psicológicos que “influenciam de forma sistemática na tomada de decisões econômicas”.
Thaler, de 72 anos, nasceu em East Orange (EUA), se graduou em 1967 na Universidade Case Western Reserve e se doutorou na de Rochester em 1974.
Antes de começar a trabalhar na Universidade de Chicago em 1995, deu aula na Cornell University vs University of Rochester, além de ser professor convidado na Universidade do British Columbia e diversos centros de ensino superior no país.
Como cada um dos outros prêmios Nobel, o de Economia está dotado com 9 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão).
É o único dos seis prêmios Nobel que não foi instituído pelo criador dos prêmios, o magnata sueco Alfred Nobel, mas pelo Banco Nacional da Suécia em 1968.
Ciberia // EFE