Há 13 anos, após um longo dia de trabalho, de baixo de chuva ou de sol, Vanderlei Pimentel percorre 70 quilômetros para visitar o filho internado no Hospital de Suzano, para onde são enviados pacientes com problemas de saúde graves ou que necessitam de tratamento contínuo.
A unidade de longa permanência é vinculada ao Hospital das Clínicas de São Paulo. Leidervan Pimentel, de 32 anos, sofreu um grave acidente de carro aos 19, que o deixou em coma vigil, também chamado estado vegetativo, com sequelas neurológicas irreversíveis.
Desde então, ele mora no hospital, pois não tem condições clínicas de receber alta e voltar para casa. Leidervan se recuperou parcialmente do acidente, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória, em que ficou sem respirar por 10 minutos com convulsões frequentes.
O jovem é totalmente dependente. Porém, seu corpo mantém os sinais vitais preservados, como a pressão arterial, pulso e oxigenação, além das funcionalidades básicas de sobrevivência. O pai não fica um dia sem ver o filho. Vanderlei chega ao hospital por volta das 19h, depois de encerrar o expediente como vendedor de cortinas na Grande São Paulo.
Ele, inclusive, aprendeu exercícios de fisioterapia para ajudar no tratamento de Leidervan, já que o hospital oferece fisioterapia apenas 3 vezes por semana. Assim que chega ao hospital, Vanderlei beija o filho e inicia massagens específicas nas pernas, braços, tronco, mãos e pés.
Depois, ele conversa com o filho, conta as novidades do dia, lê algumas revistas, jornais ou, mais frequentemente, algum capítulo da Bíblia. Quando possível, ele leva o filho ao jardim do hospital para que tome sol, veja as árvores, os pássaros e sinta a brisa do vento no rosto.
Os médicos disseram que Leidervan tem menos de 1% de chance de se recuperar. “Mas se tem 1% de chance, ainda não é o ponto final e eu não vou desistir. Para mim, isso que eu faço não é nenhum sacrifício, isso é amor”, disse Vanderlei.
Para manter as duas cuidadoras como acompanhantes do filho, em dois períodos, dia e noite, além das medicações extras, gasta cerca de R$ 7 mil por mês. Ele também vendeu a casa e zerou todas as suas economias. Esperançoso, o pai também criou uma página no Facebook, onde relata o dia a dia do filho, e uma vaquinha virtual para conseguir manter o tratamento por mais três anos pelo menos.
Isto é amor! Que Deus lhes de forças e persistência. Rogo a Deus para que consiga obter a recuperação!
O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba por o amor vem de Deus.
Que o Deus Pai todo poderoso abençoe esse grande pai aqui na terra!