Astronautas americanos pisaram mesmo na Lua; e a confirmação vem de astrônomos chineses

A corrida espacial continua, mas desta vez os cientistas chineses provaram que os americanos pisaram mesmo na Lua. A China utilizou um sistema de laser para medir a distância entre a Terra e a Lua (LLR), fazendo uso do retrorrefletor colocado no satélite natural pelo astronauta americano David Scott.

Há muito tempo que os defensores da teoria da “conspiração lunar“, segundo a qual os norte-americanos nunca estiveram na Lua, acusam a NASA de ter falsificado as filmagens das caminhadas lunares de Glenn Armstrong, alegam que tudo não passou de uma fraude, e sustentam que a NASA não tinha ainda na época tecnologia para levar o homem até o satélite.

Embora a maioria dos estudiosos opte por nem dar atenção à teoria conspiratória, diversos argumentos são normalmente apresentados como prova de que o homem deu sim um passo gigante na Lua – como o fato de nada menos que 12 astronautas terem alcançado o feito, e trazido (ou deixado) souvenirs para recordar mais tarde.

Entre essas provas, é contada a experiência LLR, ou Lunar Laser Ranging, uma técnica baseada na emissão de um raio laser em direção a um dos espelhos deixados na superfície da Lua pelas missões Apollo, com o intuito de medir o tempo que a radiação demora a ser refletida – e a partir daí calcular com precisão a distância da Terra à Lua.

A técnica Lunar Laser Ranging foi protagonista de um dos episódios de Big Bang Theory, durante o qual Leonard e Sheldon tentam explicar a Zack, um personagem “menos brilhante”, como funciona a experiência. Sem grande sucesso, diga-se de passagem.

Apesar da aparente simplicidade com que quatro geeks montam num telhado o equipamento necessário e realizam a experiência, até agora apenas equipes de cientistas dos Estados Unidos, da França e da Itália o tinham efetivamente realizado com sucesso.

Na segunda-feira (22), no entanto, a China entrou na corrida ao LLR.

Segundo revela o jornal chinês gbtimes, uma equipe de cientistas chineses usou um sofisticado sistema de lasers, com um telescópio de 1,2 metro, para atingir um dos quatro Lunar Laser Ranging Retroreflector (LLRR) – neste caso, o maior deles, instalado pelo astronauta David Scott no dia 31 de julho de 1971, durante a missão Apollo 15.

Através dos impulsos de laser refletidos pelo espelho, localizado na região lunar de Hadley–Apennine, a equipe de astrônomos dos Observatórios de Yunnan conseguiu medir a distância entre o dispositivo na Lua e a estação terrestre em que se encontravam – provando assim uma vez mais que um dia o homem pisou na Lua.

A experiência LLR mede a distância entre a Terra e a Lua calculando o tempo que um pulso de laser demora para viajar da estação terrestre até o retrorrefletor situado na Lua e a voltar para a Terra. Segundo concluíram os cientistas chineses, a distância é de 385.823,433 a 387.119,600 quilômetros.

David Scott / NASA

O Lunar Laser Ranging RetroReflector de David Scott 105×65 cm

Além do LLRR de David Scott, há mais três retrorefletores na Lua. Dois deles foram deixados próximos dos locais das missões Apollo 11 e 14, e o terceiro está instalado no Lunokhod 2, o segundo dos rovers não tripulados que a Rússia enviou para o satélite.

“Em um futuro próximo, a China colocará seu próprio retrorrefletor na Lua, impulsionando assim mais um passo da tecnologia LLR na China”, afirmou Li Yuqiang, pesquisador dos Observatórios de Yunnan.

A experiência LLR chinesa foi realizada no contexto dos preparativos de lançamento da sonda lunar Chang’e-4, previsto para 2018. Além da sonda que vai permitir estudar a metade da Lua que ainda não foi explorada, será lançado um satélite que permite facilitar a comunicação com os cientista na Terra.

Ciberia // ZAP

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