As autoridades britânicas cogitaram explodir o túnel do Canal da Mancha, recorrendo a uma bomba nuclear, para provocar uma ruptura total com a Europa. Documentos que estiveram classificados como secretos revelam os “atrevidos” planos do Reino Unido.
O jornal britânico The Independent teve acesso a documentos que estiveram classificados como “confidenciais”, mas que estão agora nos Arquivos Nacionais do Reino Unido.
Os planos mostram como elementos do Ministério da Defesa britânico, em colaboração com altas patentes militares, pensaram em explodir o túnel do Canal da Mancha, mesmo antes de este ter sido construído.
Naquele momento, os receios não tinham nada a ver com a “invasão” de migrantes, como na atualidade. Temia-se antes que um exército soviético pudesse invadir a ilha.
As primeiras referências a este “Brexit” radical surgiram em 1959, em uma altura em que ainda se debatia a construção do Canal que liga a Inglaterra a França.
Como garantia de segurança, o Ministro da Defesa da época alegava que “o túnel poderia ser totalmente destruído, para efeitos defensivos, se necessário”, graças ao “desenvolvimento da arma nuclear”, conforme cita o The Independent.
Os explosivos normais não eram vistos como suficientemente eficazes para garantir um “Brexit” decisivo.
Em Fevereiro de 1974, outro documento aponta várias possíveis estratégias para inutilizar o túnel, desde cortes de luz até ao “colapso total” com o uso de munições de demolição atÔmica.
O método de recurso a uma bomba nuclear é definido como “100% eficaz”, com potencial para provocar o “absolutamente irreversível colapso total”, com a “ruptura do túnel e do leito do mar para provocar inundação total e o completo colapso de parte” da infraestrutura.
Estes planos não falam nas potenciais “vítimas civis” de tal decisão, conforme nota o jornal, mas alguém pensou no assunto e anotou a pergunta “e quanto aos danos colaterais?” no documento.
Nos ficheiros a que o Independent teve acesso fica ainda a ideia de que estes planos deveriam ser escondidos dos franceses.
Um dado que é especialmente destacado com a nota de que não seria conveniente revelar os planos “para destruir” o “único elo com a França e o resto do continente” quando o Reino Unido estava se “esforçando para se tornar membro do Mercado Único” e para “convencer a Europa Continental” de que tinha “derramado para sempre” a sua “mentalidade de ilha”.
Ora, pelo que agora se vê, com a confirmação do “Brexit” político e econômico, o Reino Unido nunca abandonou essa “mentalidade de ilha”, continuando tentado pelo seu “esplêndido isolamento”, conforme frisa o The Independent.
Inglaterra deixou de ser uma ilha há 22 anos
O Túnel do Canal da Mancha foi inaugurado em 1994 depois de uma discussão de mais de 200 anos em torno da sua utilidade e dos seus potenciais riscos para o Reino Unido.
A ideia de uma ligação subterrânea por baixo do mar entre a Inglaterra e o Velho Continente remonta ao século XIX e a um plano do engenheiro Albert Mathieu-Favier de colocar a circular carruagens puxadas a cavalo.
Ao longo do tempo, o projeto angariou apoio político, mas foi bloqueado por razões militares e econômicas até que, finalmente, foi oficializada a construção no Tratado de Canterbury assinado entre Londres e Paris em 1987, ano em que os trabalhos de escavação começaram.
O túnel, com 50,5 quilômetros sob o Canal da Mancha entre Folkestone, no Reino Unido e Coquelles, na França, foi oficialmente inaugurado pela rainha Elizabeth II e o presidente francês François Miterrand em 6 de maio de 1994.
Tem 3 vias, nas quais circulam o trem de alta-velocidade de passageiros Eurostar, o Eurotunnel Shuttle para automóveis e composições de carga. O Eurotunnel Shuttle, um gigantesco trem de carga para veículos, é o maior do mundo no gênero.
Durante os 20 anos de existência, o “Eurotunnel”, como passou a se chamar, deparou-se com problemas financeiros, cortes de energia, incêndios e greves, e grupos de imigrantes tentaram atravessá-lo a pé para chegar às ilhas britânicas.
Mas o funcionamento continuou e os resultados têm melhorado: em 2013, o serviço destinado aos veículos rodoviários transportou 1,37 milhões de caminhões de mercadorias, 2,5 milhões de automóveis e 64,5 mil ônibus, o que resultou num aumento de 2% das receitas, para 447 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão).
// ZAP
Não fiquei chocado com a notícia divulgada pelo vosso site do plano inglês de manter a Ilha em seu “Splendid Isolation”. O Reino-Unido foi enormemente fortalecido com essa condição de REINO-ILHA durante muitos séculos. Os britânicos resolveram suas diferenças em casa, sem muita carnagem e sem a carnificina que houve no continente europeu. O isolamento GEOGRÁFICO da ILHA foi e é vantajoso para eles. Agora a errônea política européia e do UK de receberem soldados com cultura e religião diferentes do Catolicismo, que formou as bases da Europa e do UK, nos forçará a aprender árabe para visitar a Europa, para constatar a extinção da cultura e do povo alemão e do europeu em geral. Uma saída é impedir a carnificina nos países de origem dos imigrantes e deixá-los lá, ou recristianizar a Europa. O UK detonar o Mancha será apenas outra maneira dele resolver os novos problemas religiosos deles, sem grande interferência dos imigrantes muçulmanos na Europa.