A revelação sobre a prática de cartel foi feita pela Camargo Corrêa em acordo de leniência firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o órgão, foram fraudes em 21 licitações que ocorreram em 7 estados e no Distrito Federal (DF). A investigação é um desdobramento da Operação Lava Jato.
De acordo com o Estadão, as negociações para o acordo envolveram o Ministério Público Federal de São Paulo e foi firmado na última terça-feira.
Os estados em que os crimes teriam ocorrido são Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, incluindo também o Distrito Federal, e teriam sido cometidos entre os anos de 1998 e 2014.
No relatório do acordo, que foi acessado pela Globonews e as informações divulgadas pelo portal de notícias da Globo, a empresa relatou três fases de operação do cartel. O primeiro período vai de 1998 a 2004 e é chamado de “fase histórica”. Neste recorte, dividiam as obras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Camargo Corrêa.
A segunda fase ocorreu de 2004 a 2008, quando o cartel foi batizado de “Tatu Tênis Clube”. Formaram o grupo cinco das maiores construtoras do país: além das três primeiras, OAS e Queiroz Galvão se juntaram ao grupo, também chamado de “G5”.
Já entre 2008 a 2014, relatou a Camargo Corrêa aos investigadores, aumentou o volume des obras, mas, simultaneamente, surgiu concorrência por parte de empresas estrangeiras.