O ministro iraquiano de Cultura, Turismo e Antiguidades, Friad Ruandzi, informou nesta quarta-feira (8) que 80 sítios arqueológicos e 90 santuários religiosos foram destruídos pelo Estado Islâmico (EI) no Iraque durante os três anos nos quais o grupo ocupou amplas áreas do país.
Em uma conferência organizada pela Unesco, que procura proteger e recuperar as antiguidades iraquianas, o ministro destacou que os jihadistas iniciaram “uma operação de limpeza cultural” após invadirem o Iraque, onde mais de 4 mil sítios arqueológicos estiveram sob o controle do grupo em algum momento.
Ruandzi acrescentou que os radicais dinamitaram alguns destes lugares, danificaram outros e roubaram peças para vendê-las e financiar assim suas atividades terroristas.
O ministro detalhou que entre os locais afetados está o museu da cidade de Mossul (norte) e o da província de Al Anbar (oeste), assim como igrejas, mesquitas e manuscritos antigos.
Peças dos séculos VIII e VII a.C. procedentes da capital assíria de Ninawa que eram conservadas no museu de Mossul foram destruídas pelos jihadistas em 2015 com brocas e martelos, assim como as portas e as muralhas da Cidade Antiga.
O também sítio arqueológico de Nimrud, situado a cerca de 30 quilômetros ao sudeste de Mossul e que data do século XIII a. C., sofreu danos em até 90% de suas ruínas e o templo de Nabu e dos touros alados assírios de grande valor foram dinamitados.
Ciberia // EFE