Imunizantes aprovados são das farmacêuticas chinesas Sinopharm e Sinovac, fabricante da Coronavac. País será um dos primeiros a começar a vacinar essa faixa etária. No total, China já vacinou 76% da população.
Ao menos cinco províncias da China vão começar a vacinar crianças maiores de três anos contra a covid-19. No país mais populoso do mundo, 76% da população de 1,4 bilhão de habitantes já foi completamente imunizada contra a doença.
Assim, a China se torna um dos poucos países no mundo a vacinar crianças pequenas. Antes dela, Cuba anunciara uma campanha de imunização para crianças a partir de dois anos. Estados Unidos, vários países europeus e o Brasil estão vacinando apenas jovens com mais de 12 anos, por ainda não terem aprovado um imunizante para crianças.
Em junho, a China aprovou as vacinas da Sinopharm e da Sinovac, fabricante da Coronavac, para a faixa etária de três a 17 anos. No entanto, até agora, vinha vacinando apenas maiores de 12 anos.
Após a China, o Camboja aprovou as vacinas da Sinovac e da Sinopharm para crianças de 6 a 11 anos. Órgãos reguladores do Chile deram o aval para a vacina da Sinovac ser aplicada em crianças a partir dos seis anos. Na Argentina, o imunizante da Sinopharm foi aprovado a partir dos três anos.
Pequenos surtos
A expansão da campanha de vacinação na China ocorre em um momento em que o país aplica novas medidas de restrições para conter pequenos surtos de covid-19.
A Comissão Nacional de Saúde reportou nesta segunda-feira (25/10) 35 novos casos de transmissão local em 24 horas – quatro deles em Gansu e 19 na região da Mongólia Interior.
Por essa razão, Gansu, uma província do noroeste fortemente dependente do turismo, fechou todos os locais turísticos nesta segunda-feira após detectar novos casos de covid-19. Já moradores de partes da Mongólia Interior estão obrigados a manter isolamento.
Desde o começo da pandemia, a China empregou bloqueios, quarentenas e testes obrigatórios como estratégia para eliminar amplamente as infecções locais, além de vacinar totalmente 1,07 bilhão de pessoas.
Jogos Olímpicos de Inverno
O governo chinês está agora particularmente preocupado com a disseminação da variante delta, mais contagiosa, e em imunizar o maior número de pessoas possível até o começo dos Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorrerão em fevereiro, em Pequim. A China já barrou espectadores internacionais e anunciou nesta segunda-feira que atletas não vacinados serão obrigados a cumprir quarentena de 21 dias.