O encontro anual do grupo Bilderberg irá discutir a nova Administração norte-americana, as relações transatlânticas, a proliferação do populismo e o papel da Rússia a nível internacional, refere um comunicado da organização do encontro, que começa hoje nos Estados Unidos.
A reunião irá decorrer em Chantilly, Vancouver, nos Estados Unidos, até domingo, e além de discutir a presidência de Donald Trump, as relações entre os dois lados do Atlântico, a Rússia e o incremento do populismo analisará também o “rumo” da União Europeia, a China, o Oriente Próximo e a proliferação nuclear.
Outros temas em análise focam na situação do emprego, a “guerra contra a informação” e levanta ainda a questão sobre a possibilidade de “abrandamento” da globalização.
Os 13 pontos em debate não incluem explicitamente os conflitos na Síria, Iraque e Afeganistão ou de forma direta as questões relacionadas com o terrorismo.
Clube de Bilderberg
O grupo de Bilderberg reúne-se todos os anos desde 1954, uma reunião fechada cujos participantes só são revelados na véspera e a localização apenas um mês antes da conferência.
A conferência reúne líderes europeus e dos Estados Unidos, especialistas nas áreas da defesa e da economia, além de banqueiros, empresários da área da comunicação social ou mesmo membros das casas reais europeias, mas tudo o que se passa e é discutido não pode ser atribuído a ninguém, seguindo-se a chamada Chatham House Rule.
Dois terços dos participantes vem do velho continente, mas os Estados Unidos, o Canadá e a Turquia também fazem parte do grupo restrito que participa nos encontros de Bilderberg.
Em 2015, a jornalista espanhola Cristina Martín Jiménez, que investiga o clube Bilderberg há 10 anos, conclui que a crise atual não é uma mera casualidade, mas o resultado de um “plano dos Bilderberg para beneficiar os ricos”.
“A casualidade, tal como ela nos tem sido apresentada, que chegou uma crise de um dia para o outro, a casualidade não existe, o que existe é uma inteligência, um cérebro que pensa como é possível subtrair as soberanias nacionais e como fazer com que todo o dinheiro fique em suas mãos”, assegura Cristina Martín Jiménez.
// ZAP