O Tribunal Supremo da Espanha condenou nesta terça-feira (12) Iñaki Urdangarin, cunhado do rei Felipe VI, a cinco anos e dez meses de prisão por corrupção, reduzindo a pena inicialmente aplicada de seis anos e três meses.
O Tribunal Supremo revisou as penas aplicadas em primeira instância contra os acusados do chamado “caso Nóos”, investigados pelo desvio de milhões de euros de dinheiro público de uma fundação sem fins lucrativos que era presidida por Urdangarin.
O cunhado de Felipe VI ainda pode recorrer da decisão no Tribunal Constitucional, mas juristas consideram pouco provável que a pena seja revertida. Dessa forma, Urdangarin será o primeiro parente de um rei da Espanha a ser preso.
Em fevereiro do ano passado, Urdangarin foi condenado a seis anos e três meses de prisão por vários crimes em um caso de corrupção. Sua esposa, Cristina de Borbón, irmã de Felipe VI, foi inocentada das acusações penais, mas terá que pagar uma multa de 136 mil euros.
O cunhado de Felipe VI foi condenado pelos crimes de desvio de dinheiro, prevaricação, fraude contra a administração pública, tráfico de influência e por dois delitos fiscais. O Tribunal Supremo o inocentou da acusação de falsificação de documentos.
Urdangarin aguardou o julgamento em liberdade condicional, sendo obrigado a comparecer às autoridades judiciais do país onde vive, a Suíça, no primeiro dia de cada mês.
O “caso Nóos” investigou o desvio de mais de 6 milhões de euros do Instituto Nóos entre 2003 e 2006.
Ciberia // EFE