As três pirâmides estão alinhadas com uma precisão quase perfeita com os quatro pontos cardinais, com um desvio mínimo de 0,66 graus.
O arqueólogo e engenheiro Glen Dash acredita ter descoberto como é que os egípcios alinharam com tanta precisão as pirâmides de Quéops, Quefren e Miquerinos, localizadas na Necrópole de Gizé, perto do Cairo, no Egito, de acordo com um artigo publicado em 2017 no Journal of Ancient Egyptian Architectue.
Apesar da tecnologia da época e de a Grande Pirâmide ter 138,8 metros de lado, seus quatro lados estão perfeitamente orientados para norte, sul, leste e oeste com um desvio mínimo de 0,66 graus, adianta a RT.
Segundo Dash, os egípcios orientaram com tanta exatidão a estrutura aproveitando o equinócio de outono. A teoria não é nova, mas o egiptólogo não só apresentou dados para sustentá-la, como também a colocou em prática com um resultado satisfatório.
Os equinócios são dois momentos do ano em que o Sol está situado no plano do equador celeste. No momento em que alcança o zênite no céu, a interseção com o plano do equador é perfeita, pelo que se torna o momento ideal para tirar medidas se pretender alinhar um edifício.
Dash acredita que os egípcios da época utilizaram um instrumento conhecido como gnômon para tirar as referidas medidas. O gnômon é um pequeno bastão que se crava no solo para medir a progressão da sombra (o “ponteiro” de um relógio solar).
A técnica consiste em marcar os diferentes pontos à medida que a sombra se move durante o equinócio de outono, dando como resultado um arco perfeito. Uma vez completo, só é necessário unir os pontos e assim se obtém uma linha leste-oeste, explica Dash.
O arqueólogo foi para o terreno comprovar que a técnica funciona. Assim se explica o desvio de 0,66 graus. Para encontrar o dia exato do equinócio de outono, Dash assegura que basta contar 91 dias desde o solstício de inverno.
No entanto, não há nenhum dado histórico que comprove a teoria do arqueólogo, pelo que só se pode considerar esta como mais uma teoria.
Os arqueólogos tentam há décadas decifrar esse mistério mediante diferentes teorias. Ainda que esta explicação pareça válida, a comunidade científica resiste a aceitá-la como certa e o alinhamento quase perfeito das pirâmides continua um mistério.
Ciberia // ZAP