Arqueólogos alemães e egípcios anunciaram neste sábado (14) ter descoberto uma “oficina de mumificação” perto da necrópole de Saqqara, no Egito.
Arqueólogos egípcios anunciaram a descoberta de um antigo sepultamento e de uma oficina de mumificação escondidos 30 metros debaixo do solo nas proximidades da necrópole de Saqqara, ao sul de Cairo (Egito).
Centenas de pequenas estátuas de pedra, jarras e recipientes usados no processo de mumificação foram encontrados dentro das câmaras de sepultamento.
Segundo a agência Reuters, a equipe, que inclui pesquisadores da Universidade de Tübingen, na Alemanha, encontrou um poço subterrâneo de sepultamento contendo diversas múmias, ataúdes de madeira e sarcófagos.
Os cientistas acreditam que a revelação dessa câmara oculta de embalsamamento lhes permitirá identificar óleos específicos utilizados pelos antigos egípcios para mumificar seus mortos. “Estamos diante de uma mina de ouro de informação sobre a composição química desses óleos”, comemorou o arqueólogo Ramadan Badry Hussein.
Centenas de estatuetas de pedra, jarras e recipientes usados no processo de mumificação foram extraídos do interior das câmaras fúnebres. O achado mais significativo foi uma máscara de prata dourada, a segunda do gênero já encontrada, segundo o ministro egípcio de Antiguidades, Khaled al-Anani, para quem “isso é só o começo”.
A necrópole de Saqqara é parte de Mênfis, a primeira capital do Egito Antigo e hoje Patrimônio Mundial da Unesco. A área abriga grande variedade de templos e tumbas, além das três pirâmides de Gizé.
Os artefatos deverão ser expostos no Grande Museu Egípcio, atualmente em construção. O país tem esperanças de que as descobertas venham a reanimar sua indústria de turismo, em crise desde o levante político de 2011 e, mais recentemente, uma onda de atentados suicidas a bomba.
// Deutsche Welle / Reuters