Ex-assessor de Flávio Bolsonaro é detido no interior de São Paulo no âmbito da investigação de um suposto esquema de “rachadinha” no Legislativo do Rio. Queiroz estava em imóvel de advogado da família Bolsonaro.
A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (18/06) o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, em Atibaia, no interior de São Paulo, numa operação conjunta com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Segundo a imprensa brasileira, Queiroz estava num imóvel pertencente a Frederick Wasseff, que atua como advogado de Flávio e de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista à GloboNews, o delegado Nico Gonçalves, que efetuou a prisão, informou que, segundo relatos de um dos caseiros, Queiroz morava na casa de Wasseff há cerca de um ano. Durante esse período, o advogado negou mais de uma vez à imprensa saber o paradeiro do ex-policial.
Mandados de busca e apreensão e de prisão haviam sido expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro, que indicou a localização de Queiroz aos policiais de São Paulo. A operação ocorre no âmbito da investigação de um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio, quando este ainda era deputado estadual no Rio.
Após a prisão, Queiroz foi transferido para o Rio de Janeiro, onde ficará detido. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a suspeita é de que o ex-assessor estava interferindo nas investigações, o que justificou a prisão preventiva. Ainda não há denúncia contra ele.
A Folha informou ainda que Queiroz não resistiu à prisão e teve apreendidos 900 reais e dois celulares – que podem ser peças-chave para as investigações.
A mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, também teve a prisão decretada, mas não foi encontrada em seus endereços e é considerada foragida. Ela também foi assessora parlamentar de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O portal G1 informou que a Polícia Civil do Rio também fez buscas num imóvel em Bento Ribeiro, na zona norte da capital fluminense, onde morava Alessandra Esteves Marins, funcionária do gabinete de Flávio.
Em mensagem em rede social, o senador declarou nesta quinta-feira que encara a prisão de seu ex-assessor com “tranquilidade” e que a operação não passa de mais uma tentativa de atacar seu pai, Jair Bolsonaro.
“Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim. Bastou o presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!”, escreveu Flávio no Twitter.