O que falar de uma criança que de presente de aniversário não pede absolutamente nenhum presente e nenhuma festa, mas alimentos para as crianças que vivem em um abrigo à espera para serem adotadas?
Isso aconteceu em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e quem compartilhou a história foi Marta Brancher Palhano, a mãe orgulhosa de seus filhos, que desde pequenos mostram que vieram ao mundo para fazer o bem e espalhar amor.
Marta tem 2 filhos adotivos: o Pedro, de 5 anos e a Cecília, de 8. Quando ela sentou pra conversar com Pedro para saber o que ele gostaria de fazer em seu aniversário teve uma linda surpresa: “Levar comida para as crianças, que ainda moram em um abrigo”.
O garoto disse que gostaria de levar comida, pois ele conhece a realidade de lá e sabe que muitas vezes falta comida.
Marta e seu marido sempre conversaram muito com seus filhos, sobre a importância de fazer o bem ao próximo e de serem generosos com os mais necessitados e essa não é a primeira vez que as crianças tomam atitudes como essa.
Cecília, há 2 anos, também ajudou uma instituição que treina cães guia, a Cães Guia Hellen Keller e a ONG Viva Bicho, que cuida de animais abandonados.
Marta diz que se orgulha muito das atitudes altruístas de seus dois filhos. “Achamos essa ideia linda vindo de uns serzinhos tão pequeninos, a percepção que eles têm de mundo realmente nos supera. Agora vamos ajudar para que mais crianças possam receber comida, algo que para nós pode ser simples, para elas que são privadas de tantas coisas, ter a fome saciada é o que pode fazer a diferença no dia desses pequenos”, disse ela ao RPA.
Pedro foi adotado quando tinha um ano e dez meses. Cecília, quando faltava uma semana para completar cinco anos. Talvez por já terem conhecido de perto a realidade dos abrigos, eles tenham a percepção das necessidades das crianças, mas a educação que eles recebem em casa também faz toda a diferença, já que sua família sempre se preocupou em ajudar quem precisa.
Com a campanha iniciada por Pedro, a família arrecadou muitas cestas básicas, engradados de leite e de achocolatado e diversas cestas de páscoa. Aos poucos foi-se criando uma verdadeira rede de solidariedade e empresas, como a Fort Atacadista, também fizeram questão de ajudar.
Com cinco anos, Pedro foi responsável por criar uma extensa rede de solidariedade, da qual diversas pessoas e empresas estão se mobilizando para doar o que podem para quem precisa. Marta diz que tem recebido ligações de outras mães também.
“Hoje recebemos a ligação de uma mãe que a filha fez a festa semana passada e também pediu a cesta inspirada no Pedro, e estavam levando lá no abrigo“, conta. Outras mães também estão postando fotos de seus filhos fazendo o doações para este e outros abrigos.
Marta diz que ela e seu marido, antes de adotarem as crianças, chegaram a tentar duas fertilizações, mas elas não deram certo.
Na época, a médica simplesmente não encontrou nenhum motivo para que isso acontecesse. Hoje, ela diz que já sabe por quê: seus filhos já tinham nascido, só estavam esperando para encontrá-la. “Me pergunto sempre o que fizemos de tão especial para receber dois filhos anjos, cheios de luz”, conclui.
No fim, Marta acabou organizando uma festinha para o garoto. Merecida, não é?
Ciberia // Razões para Acreditar