Os gastos das empresas do setor de tecnologia devem aumentar consideravelmente com o novo Simples Nacional, que passa a valer em 2018, a nova proposta de reforma tributária e a lei que estende a cobrança do Imposto Sobre Serviços (ISS) a setores ainda não tributados, como é o caso dos serviços que vendem conteúdo pela internet.
Para evitar que esse aumento nos custos seja repassado ao consumidor ou acabe na descontinuidade dessas companhias, os empresários precisam estar atentos.
Para o tributarista e diretor da Roit Consultoria e Contabilidade, Lucas Ribeiro, caso sintam que serão prejudicadas pela elevação da carga tributária, as empresas devem reestruturar seu planejamento tributário, o que inclui uma revisão completa dos impactos financeiros e tributários nas contas.
Ainda segundo o especialista, a adequação do enquadramento tributário da empresa pode ser outro ponto a ser repensado. O novo Simples Nacional, por exemplo, ao contrário do que tem sido amplamente divulgado pelo governo, pode não ser tão vantajoso para todas as empresas.
De acordo com Ribeiro, apesar das aparentes facilidades do Simples, como a união de vários tributos em apenas uma guia de recolhimento, o empresário precisa conhecer e analisar as alternativas legais para a eventual economia de tributos: o lucro presumido e o lucro real.
Caso as empresas fizeram a opção equivocada de regime tributário, ainda há uma salvação, já que podem rever e alterar sua escolha.
“Sempre há uma maneira, legal, de revermos o enquadramento tributário de uma empresa, seja pelo seu regime tributário, suas atividades, equívocos nos seus contratos, notas fiscais, etc.”, garante Ribeiro.
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