O governador Luiz Fernando Pezão anunciou na última sexta-feira que irá se aposentar da política ao término do mandato, no fim de 2018.
“Eu estou cansado. Estou há 35 anos na política, desde 1982 que eu disputo voto. A política mudou muito. Quem gosta de trabalhar, quem gosta de entregar, está cada vez mais difícil fazer. Hoje, tem muita gente para falar não, para fiscalizar. Se a gente não fizer um pacto pelo fazer, vai ficar prevalecendo muito o pacto pelo não fazer”, declarou.
Pezão, que falou à imprensa após cerimônia de liberação de recursos do Ministério da Educação para escolas do Rio de Janeiro, disse não se arrepender de nada em sua trajetória.
“Eu acho que fui longe demais, o povo e Deus foram muito generosos comigo. Eu nunca esperei chegar a governador, sai de uma cidade de 25 mil habitantes e 15 mil eleitores”, disse.
Pezão afirmou que vai terminar o mandato com a cabeça erguida, deixando a economia do estado saneada.
“Quando eu olhava lá em 2016, saindo da minha doença e do hospital, os técnicos falavam que a gente ia pagar oito folhas de pagamento nesse ano. Quase que a gente pagou 12. E eu tenho certeza que, em 2018, nós vamos colocar tudo em dia e vou sair daqui de cabeça erguida, deixando para o meu sucessor previsibilidade. Não vai ter arresto, não vai ter bloqueio, é só ele continuar com os ajustes que nós começamos a fazer e vamos implementar mais forte ainda em 2018”, garantiu.
Quanto aos pedidos do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Muspe) para correção de problemas na folha de pagamentos, feitos em reunião ontem, Pezão afirmou que só poderá atender a outras questões após colocar os salários em dia, o que deve ocorrer ainda em janeiro.
“Rapidamente, eu quero colocar os salários em dia, tivemos aumento de arrecadação forte, já foram fortes nos últimos quatro meses do ano, e janeiro costuma ser bom”, concluiu.
Na semana passada, o governador chegou a pedir perdão aos servidores pelos atrasos nos salários e prometeu regularidade dos pagamentos em 2018.
Ciberia // Agência Brasil
Primeiro deveriam fazer auditoria no patrimônio para ver se compatível com o que ganhava como governador. Se houver vestígios de crimes…