O telescópio GRAPES-3, o mais sensível a raios cósmicos do mundo, registrou um grande aumento de raios atingindo a Terra – que podem indicar uma rachadura no campo magnético do planeta.
Esta falha temporária apareceu quando uma enorme nuvem de plasma foi ejetada da coroa solar e atingiu a Terra no dia 22 de junho de 2015, causando uma compressão na magnetosfera que, segundo a Phys.org, resultou em uma enorme tempestade geomagnética.
A descoberta causou grande entusiasmo na comunidade científica.
Há vários tipos de erupções solares, mas as classes M e X são a mais significativas, por poderem causar tempestades magnéticas na Terra.
A tempestade solar de 18 de junho de 2015 causou uma erupção solar classe M 3.0 com CME (ejeção de massa coronal).
Tempestades solares interferem habitualmente no fornecimento de energia eletrica de grandes áreas, atrapalham o funcionamento de sistemas de comunicações por rádio ou satélite, como o GPS.
A nuvem de plasma atingiu a Terra a uma velocidade de 2,5 milhões km/h, e os efeitos observados naquele momento foram uma aurora boreal mais intensa que o comum e falhas na comunicação via rádio nos países de altas latitudes.
A magnetosfera da Terra se estende por um raio de milhões de quilômetros, e age como a primeira linha de defesa, nos protegendo contra o fluxo contínuo de raios cósmicos do Sol e do resto da galáxia.
Com a rachadura, radiação de baixa energia passou a atingir o planeta, sem ser refletida pelo campo magnético da Terra, como normalmente aconteceria.
Os dados do evento de 22 de junho de 2015 foram analisados e interpretados com extensas simulações, e a conclusão do trabalho foi publicado recentemente na revista Physical Review Letters.
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