A justiça francesa ordenou uma nova perícia sobre o acidente do avião da Air France 447 que decolou no Rio de Janeiro com destino a Paris e caiu em 2009 no Oceano Atlântico com 228 passageiros e membros da tripulação a bordo.
Os juízes ordenaram no início deste mês um novo relatório para continuar as investigações sobre essa tragédia aérea, informou nesta sexta-feira a emissora “France Info”.
O avião, de matrícula F-GZCP, partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão a 31 de maio de 2009, às 19h29 locais, e deveria chegar ao Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle 10h e 34 minutos depois.
O último contato humano com a tripulação foram mensagens de rotina enviadas aos controladores de terra brasileiros 3 horas e 6 minutos após o início do voo. A 2 de junho, o ministro da defesa do Brasil, Nelson Jobim, confirmou a queda do avião no Oceano Atlântico, numa área onde foram recolhidos destroços.
A investigação inicial do acidente foi prejudicada tanto pela falta de testemunhas e rastreamento de radares, como pela falta das caixas pretas, localizadas dois anos após o acidente, em maio de 2011.
Uma primeira perícia realizada na França em 2012 concluiu que uma série de fatores levaram à queda do avião, como a meteorologia, erros humanos e falhas técnicas, principalmente nas sondas que serviam para medir a velocidade do aparelho.
Em 2014, um primeiro parecer contrário solicitado pela Airbus, consórcio aeronáutico e de defesa europeu que fabricou a aeronave, acusava os pilotos do avião, e foi cancelado pela justiça em 2015 por razões administrativas.
A Air France e a associação de vítimas do acidente criticaram esse relatório, tanto por razões de conteúdo como de forma.
Os três especialistas encarregados da nova perícia devem entregar as primeiras conclusões provisórias deste terceiro relatório sobre o caso no próximo dia 3 de setembro, indicou a procuradoria.
As famílias esperam que em breve aconteça o julgamento, no qual a Airbus e a Air France são acusadas de homicídio culposo.
Air France desde aquela época em crise. Em Agosto de 2018 em um vôo de Budapeste para Berlin, na aterrissagem o avião bateu violentamente os trens de pouso na pista causando pavor aos passageiros e desconfortos no pescoço e cabeça de alguns passageiros.