“Tentamos de todo jeito. Testamos todo tipo de métodos. Só nos restam as más opções. Isso é ruim”, afirmou o primeiro-ministro israelense. Benjamin Netanyahu afirmou que os métodos não letais “não funcionam” em Gaza, onde mais de 60 palestinos foram mortos em protestos na segunda-feira (14).
Netanyahu justificou assim a morte de, pelo menos, 55 palestinos na segunda-feira, na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, durante protestos contra a transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, ordenada por Donald Trump.
“Tentamos minimizar as vítimas, mas são eles que as provocam na tentativa de pressionar Israel”, disse, acrescentando que “os palestinos empurram civis, mulheres e crianças para a linha de fogo para conseguir vítimas”.
“Se o movimento palestino Hamas não tivesse empurrado-os, não teria acontecido”, concluiu Netanyahu.
Na reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta terça-feira (15), o enviado da ONU para o Oriente Médio, Nikolai Mladenov, responsabilizou Israel e o movimento palestino Hamas pela “tragédia sem justificativa”. Mladenov frisou que Israel deve “calibrar o uso da força” e só utilizar meios letais como “último recurso“.
Na mesma reunião, os Estados Unidos se isolaram na defesa de Israel contra indignação geral de várias nações.
Ciberia, Lusa // ZAP