A sonda Mars Express observou fissuras proeminentes em Marte causadas devido à ação de falhas tectônicas que atingiram a superfície do planeta há menos de 10 milhões de anos.
As imagens foram capturadas pela Mars Express no dia 27 de janeiro de 2018 e foram publicadas pela agência espacial norte-americana. As fotos foram tiradas perto do sistema de falhas Cerberus Fossae, na região Elysium Planitia, no equador marciano.
Depois de Tharsis Montes, Elysium Planitia é a segunda região vulcânica mais extensa do Planeta Vermelho. Essas “fossas” se estendem desde o noroeste ao sudeste do planeta, em mais de mil quilômetros.
As fissuras observadas pela sonda passam por crateras e colinas de impacto, além de planícies vulcânicas com mais de 10 milhões de anos, indicando que se trata de uma formação relativamente recente, nota a Europa Press.
A largura das fissuras encontradas é variável, indo de algumas dezenas de metros a mais de um quilômetro. Os especialistas acreditam que essas tenham se formado pela ação das falhas tectônicas que dividem as camadas superiores de Marte.
De acordo com a ESA, essas falhas geológicas podem estar associadas com injeções de lava no solo, que teriam deformado a superfície e poderiam ser oriundas do trio de vulcões localizado a noroeste.
Os “poços” de colapso arredondados observados ao norte (à direita na imagem acima) indicam uma fase inicial de subsidência da superfície – movimento de uma superfície para baixo. Em outros lugares da superfície de Marte foram detectadas formações arredondadas que se conectam, dando origem a falhas mais longas.
Os cientistas que exploram e estudam a região especulam que as fissuras podem abrir a crosta do planeta a uma determinada profundidade, o que permitiria a expulsão de água ou lava para a superfície.
Ciberia // ZAP