O Lago Chade, na região central do continente africano, perdeu 90% das águas usadas pelas comunidades locais desde 1960, devido ao impacto das mudanças climáticas e da irrigação excessiva.
Com a seca, as populações que habitam as margens do lago já não podem viver da pesca na superfície aquática que durante esse período passou de 25 mil km² para os atuais 2,5 mil km².
A declaração foi feita por agências das Nações Unidas que recebem apoio do governo britânico para impulsionar o Projecto Ready to Respond (Prontos para Responder).
A meta é atender as necessidades imediatas das comunidades locais que também sofrem com a escalada de violência e estão expostas a novas emergências.
As terras circundadas pelo lago que banha a Nigéria, o Níger, os Camarões e o Chade são marcadas por ações terroristas do grupo Boko Haram cujos ataques deslocaram 2,3 milhões de pessoas.
Ajuda
A violência, combinada com a seca crônica, a cólera e a pobreza estão entre os fatores por detrás da que é considerada uma das crises humanitárias mais complexas e severas do mundo atual.
Dos 17 milhões de habitantes do lago, cerca de 10,7 milhões precisam de ajuda.
O grupo de agências anunciou novos acordos de colaboração com parceiros, além de medidas para atuar melhor diante das crises que afetam a região.
Em três anos de operação com os fundos do Reino Unido, os quatro países receberam alimentos, equipamentos de comunicação e kits de educação infantil.
// Rádio ONU