A queda de 7.500 metros do avião em um voo da Air China deveu-se a um erro do copiloto, que estava fumando um cigarro eletrônico e se enganou ao tentar desligar o ventilador, divulgaram as autoridades.
Cerca de meia-hora depois de o voo CA106, na terça-feira (10), ter partido de Hong Kong, com 153 passageiros a bordo, as máscaras de oxigênio caíram do teto da aeronave, que imediatamente desceu bruscamente mais de 7.500 metros.
O avião, um Boeing 737, recuperou depois a altitude e voou em segurança até o destino final, a cidade de Dalian, no nordeste da China.
Segundo revelaram investigações preliminares divulgadas pelas autoridades, o copiloto tentou, sem avisar o piloto, desligar o ventilador de circulação do ar, para evitar que a fumaça chegasse à cabine.
“No entanto, teria por engano desligado o aparelho de ar condicionado que estava ao lado, resultando em oxigênio insuficiente na cabine e um alerta de altitude“, afirmou um responsável da Administração Civil da China, Qiao Yibin, citado pela agência oficial de notícias chinesa Xinhua.
Segundo diz o responsável do regulador chinês, citado pela BBC, o comandante da aeronave teve que realizar manobras de emergência. Quando um avião perde pressão na cabine, o piloto deve acionar as máscaras de oxigênio e baixar rapidamente a altitude para garantir a segurança dos passageiros.
Não foram reportados feridos ou danos no avião.
“Estamos investigando as causas em detalhe. Caso se confirmem as suspeitas, vamos atuar de acordo com a lei e as regulações e lidar com a questão de forma rigorosa”, acrescentou o responsável, segundo o qual são analisados “em grande detalhes” os registros do voo e a gravação de voz da cabine do piloto.
Segundo adiantou o South China Morning Post, a administração da Air China decidiu demitir os pilotos envolvidos no incidente.
“Após uma investigação, decidimos suspender a tripulação envolvida e encerrar seus contratos, de acordo com a lei. Os responsáveis pelo incidente foram tratados de forma muito séria”, anunciou um responsável da companhia.
(dv) Weibo
Passageiro do voo CA106 da Air China mostra as máscaras de oxigênio acionadas durante o incidente
Fumar é expressamente proibido em voos comerciais, incluindo cigarros eletrônicos, que foram proibidos em 2006.
No entanto, diz a BBC, tem havido relatos de pilotos vistos fumando em outros voos de companhias chinesas – incluindo o caso de um voo de Hong Kong para Pequim, em 2015, no qual os passageiros reclamaram do intenso cheiro de fumaça de tabaco proveniente da cabine de pilotagem.
Ciberia // ZAP
