Vários internautas afirmam que Kim Jong-Un pintou caixas de madeira para usar no desfile militar que ocorreu no último fim de semana para parecerem novos mísseis.
A Coreia do Norte exibiu, no sábado (15), vários mísseis balísticos, incluindo um possível novo projétil de alcance intercontinental, durante o desfile militar para assinalar o 105º aniversário do nascimento do fundador da nação, Kim Il-Sung.
Os mísseis balísticos intercontinentais, que de acordo com Kim Jong-un, podem viajar milhares de quilômetros, têm aumentado as preocupações de que o país se prepara para um possível ataque nuclear a Washington – como já ameaçou fazer.
No entanto, segundo o Daily Mail, diversos analistas questionam a autenticidade dos mísseis, salientando um projétil em particular – que nas imagens televisivas da parada do Dia do Sol aparece partido ou muito mal feito, com a ponta virada para para o céu.
Um internauta escreveu no Twitter: “A Coreia do Norte acha que engana quem com todos estes mísseis falsos no desfile?”. Outro realça que os mísseis parecem ser feitos de papel machê.
Esta não é a primeira vez que a Coreia do Norte exibe em desfiles apenas maquetes dos mísseis que está desenvolvendo. Em 2012, vários especialistas alemães afirmaram que os seis mísseis intercontinentais NK-08 exibidos em um desfile militar eram falsos.
Os mísseis Musudan e os Nodong, mostrados em 2010, seriam também falsos e até de uma qualidade pior que a dos NK-08.
Mas esta não é uma estratégia exclusiva de Pyongyang. Também teriam sido apresentados mísseis falsos em desfiles no Irã e no Paquistão.
Em 2012, o analista Markus Schiller afirmou à BBC que a exibição de mísseis falsos pode se dever ao fato de os equipamentos serem valiosos e poderem ser danificados durante um desfile militar.
Pode ser ainda uma tentativa de confundir serviços de inteligência de outros países com mudanças de detalhes no armamento ou até mesmo para fingir que têm equipamentos que, na realidade, não possuem.
Apesar de a Coreia do Norte já ter exibido mísseis falsos, a tecnologia de guerra teria sido depois implementada em armas reais – mesmo que por vezes os verdadeiros mísseis acabem por se comportar como se não o fossem. Por exemplo, ao explodir no lançamento.
// ZAP