Já se perguntou por que mexericas, laranjas e limões liberam uma pequena névoa quando são descascados? Esta pergunta simples inspirou uma longa pesquisa na University of Central Florida, que vem durando oito anos.
O objetivo final da equipe de pesquisadores é desenvolver uma tecnologia mais eficiente para as bombinhas de asma, além de qualquer outro equipamento que precise dispersar rapidamente seu conteúdo no ar.
A casca de uma fruta cítrica é formada por duas camadas: uma grossa e esponjosa e outra firme e fina. O professor Andrew Dickerson diz que o óleo cítrico fica na parte esponjosa, e quando a casca é dobrada, esse material mais grosso esmaga o óleo, pressurizando o líquido, que é expulso da casca em forma de névoa.
“A camada dura externa segura o fluído pressurizado até que – pop!”, diz o pesquisador.
Dickerson e sua equipe têm gravado vídeos em câmera lenta de laranjas e limões sendo esmagados para observar a explosão dessas gotículas de óleo. “Quando a fruta é esmagada, esses jatos têm tamanho de um fio de cabelo humano, e o óleo é liberado rapidamente”, diz ele.
A velocidade desses jatos chega a 36 km/h em uma distância de um milímetro ou menos, uma aceleração 1000 vezes mais rápida que a de um foguete indo para o espaço. Isso acontece porque esses poros têm o formado quase elípticos (formato de bola de futebol americano).
Se fossem simplesmente redondos, o jato não atingiria tal velocidade. É por isso que quando alguém descasca uma mexerica, você consegue sentir o cheiro tão rápido e com considerável distância entre você e a fruta.
Dickerson diz que ainda há muito a ser pesquisado nesta área, mas que espera que o conceito possa ser aplicado na fabricação de bombinhas de asma mais eficientes, que funcionem mais rapidamente.
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