A piloto do avião da Southwest Airlines cuja falha em uma turbina em pleno voo que na terça-feira (17) provocou a morte de uma passageira de 43 anos, tornou-se a nova heroína dos EUA, devido aos seus nervos de aço, mostrados durante o pouso de emergência perfeito na Filadélfia, salvando outras 148 pessoas a bordo.
A comandante Tammie Jo Shults foi identificada como a piloto do voo 1380 da Southwest que na terça-feira se dirigia de Nova York a Dallas quando a turbina esquerda do avião 737 explodiu em pleno voo, cerca de 30 minutos após a decolagem, causando a morte a uma passageira, sugada pelo buraco causado pela explosão na fuselagem do avião.
Segundo conta a AFP, a piloto de 56 anos, residente do Texas e mãe de dois filhos, foi uma das primeiras mulheres a pilotar caças da Marinha americana nos anos 1980, e também uma das primeiras a pilotar o caça norte-americano F-18 Hornet.
Shults mostrou uma grande calma durante uma conversa com o operador da torre de controle da Filadélfia, minutos antes do pouso de emergência.
“Southwest 1380, só temos uma turbina. Perdemos parte da aeronave, por isso precisaremos desacelerar um pouco“, diz Shuts com uma voz muito calma ao operador da torre de controle da Filadélfia, pouco antes do pouso, em diálogo divulgado pelo canal CBS. “Os médicos podem nos esperar na pista também? Temos passageiros feridos”.
“O avião está fisicamente em chamas?“, pergunta o controlador. “Não, não está em chamas, mas falta uma parte”, responde Shults com calma. “Disseram que há um buraco e alguém foi expelido“.
“A piloto, Tammy Jo, foi incrível! Pousamos sãos e salvos na Filadélfia“, escreveu no Instagram a passageira Amanda Bourman, que viajava com o marido.
“Essa é uma verdadeira heroína americana“, escreveu no Facebook Diana McBride, outra passageira, que elogiou “o conhecimento e bravura” da piloto. Após o pouso, Shults “veio falar com cada um de nós pessoalmente”, conta McBride.
E não faltaram mesmo utilizadores nas redes sociais a comparar Shults com o capitão Chesley Sully Sullenberger, piloto do voo da US Airways que pousou no rio Hudson, em Manhattan, em 2009, após um acidente causado por um bando de pássaros, salvando todos os passageiros e tripulantes.
O incidente, que deixou um morto e sete pessoas com ferimentos leves, teria sido consequência de uma explosão de um dos motores da aeronave, segundo estima um antigo investigador ouvido pela agência AP. Ele diz que os estilhaços resultantes da explosão poderiam ter atingido o avião.
Segundo relataram os passageiros, uma mulher foi parcialmente sugada para fora do avião pelo buraco aberto na fuselagem pelos destroços que embateram na aeronave, que, segundo os relatos, danificaram uma das janelas próximas do motor que teria explodido.
A vítima, de 43 anos, foi identificada como Jennifer Riordan, de Albuquerque, mãe de dois filhos e vice-presidente de uma sucursal do banco Wells Fargo, no Novo México.
Ciberia // ZAP