O Food and Drugs Administration (FDA), órgão responsável pela regulação de remédios dos Estados Unidos, acaba de aprovar o MiniMed 670G, um dispositivo médico que monitora os níveis de açúcar no sangue de pacientes diabéticos e automaticamente injeta a dose de insulina necessária.
O primeiro sistema automático de liberação de insulina, desenvolvido pela Medtronic, uma empresa de Dublin, na Irlanda, foi aprovado para pacientes acima de 14 anos de idade com Diabetes tipo 1.
O dispositivo deve facilitar a vida de quem sofre com esse problema. Essas pessoas não conseguem produzir quantidades suficientes de insulina, o hormônio que regula a quantidade de açúcar no sangue.
Para compensar a deficiência, pode ser necessário tomar várias injeções diárias de insulina ou usar um pequeno cateter.
Para substituir essas técnicas manuais, o MiniMed 670G mede a cada cinco minutos a quantidade de açúcar no sangue e ajusta o nível de insulina com pouco ou nenhuma interferência do usuário.
“Ele pode dar às pessoas com Diabetes tipo 1 mais liberdade para viver suas vidas sem ter que monitorar constantemente a glicose e administrar insulina”, diz Jeffrey Shuren, porta-voz do FDA, citado pelo Gizmodo.
Para realizar as duas tarefas, o dispositivo tem um sensor conectado ao corpo e um cateter que libera a insulina. O local de liberação de insulina deve ser alternado a cada duas semanas.
O dispositivo tem sido chamado de “pâncreas artificial”, mas ele não compensa completamente as atividades do órgão. Quem sofre com esse tipo de diabetes ainda precisa tomar cuidado com a quantidade de carboidratos ingerida e inserir esta informação no sistema do MiniMed 670G, para que ele possa ajustar corretamente a dose de insulina.
O FDA aprovou o dispositivo com base em um estudo que monitorou 123 participantes por três meses, sem detectar efeitos colaterais sérios, como hipoglicemia ou cetoacidose diabética.
O produto deve chegar aos consumidores em março de 2017.
O próximo passo da Medtronic, empresa irlandesa responsável pelo seu desenvolvimento é adaptar o dispositivo para que crianças com menos de 14 anos também possam utilizá-lo.
// HypeScience