Uma nova droga criada por uma equipe da Universidade da Califórnia, nos EUA, pode finalmente se revelar uma “cura” para o diabetes tipo 2.
A doença, embora influenciada pela genética, é em grande parte causada por uma dieta ruim e excesso de peso por períodos prolongados de tempo, especialmente em uma idade avançada.
Com a condição, o pâncreas é incapaz de produzir insulina suficiente, ou as células do corpo simplesmente não reagem a essa insulina, o que leva a níveis perigosamente altos de açúcar no sangue.
Isso é conhecido como resistência à insulina e, atualmente, não há nenhuma maneira médica de tratá-la.
Agora, em um estudo desenvolvido por uma equipe da Universidade da Califórnia, uma nova droga foi administrada via oral a alguns ratos alimentados com uma dieta extremamente rica em gordura. Os animais tinham desenvolvido obesidade e diabetes tipo 2 como resultado.
Enquanto receberam o fármaco, os ratos não experimentaram efeitos colaterais. Suas células reagiram mais uma vez à presença de insulina, e seus níveis de açúcar no sangue retornaram ao normal durante pelo menos um mês.
Esta é a primeira vez que qualquer tratamento efetivamente “eliminou” o diabetes tipo 2. O estudo foi publicado na revista Nature.
A equipe já tinha a noção de que uma determinada enzima era responsável por causar tal condição. Conhecida como LMPTP, ou “proteína tirosina fosfatase de baixo peso molecular”, a enzima pode ser encontrada no fígado, e parece interagir com as células de tal forma que elas resistem à presença de insulina.
O medicamento foi especificamente projetado para dificultar o progresso da LMPTP, permitindo que os receptores de insulina das células sejam capazes de reagir a ela.
Esperança
O próximo passo será verificar se a droga é segura para uso em ensaios clínicos com seres humanos. A época para tanto não poderia ser melhor. Diabetes, em particular o tipo 2, será a sétima principal causa de morte em todo o mundo em 2030.
O número de pessoas que sofrem da condição aumentou 390% nas últimas três décadas e meia, e por enquanto existem apenas maneiras de mitigar seus sintomas, não uma cura funcional. Talvez esta seja a droga que finalmente vai mudar isso.
// HypeScience