O presidente russo, Vladimir Putin, tem dois “enormes” bunkers de 300 metros abaixo do solo por baixo de Moscou. Lá cabem 10 mil pessoas. Isto é Putin a se preparando para os tempos de guerra, diz o Pentágono.
Segundo um relatório da Defense Intellignece Agency (DIA), citado pelo jornal britânico The Times, a Rússia se prepara para a eventualidade de uma guerra nuclear, por acreditar que os Estados Unidos preparam a queda do presidente Vladimir Putin.
“O Kremlin – complexo fortificado no centro da capital russa – está convencido de que os EUA planejam uma mudança de regime na Rússia”, indica o relatório. “Moscou está preocupada que os Estados Unidos tentem impor um conjunto de normas internacionais que ameacem a base do poder russo, permitindo a ‘intervenção’ de países estrangeiros nos assuntos internos russos”, lê-se ainda.
Os bunkers “gigantes” são mantidos enterrados por baixo da capital russa para que a elite do Kremlin possa viver durante meses após um ataque nuclear.
“Há uma instalação subterrânea profunda no Kremlin e um enorme bunker perto da Universidade do Estado de Moscou destinadas a assegurar a sobrevivência da autoridade de comando nacional em tempo de guerra”, continua o relatório.
“Sistemas de suporte de vida altamente eficazes permitem operações independentes muitos meses depois de um ataque nuclear”, diz o relatório citado pelo jornal britânico.
Segundo o relatório da Agência de Inteligência de Defesa sobre o poder militar de Moscou – o primeiro desde os tempos da Guerra Fria, mas que traz de volta a “paranoia” que se vivia nesse tempo – os enormes bunkers estão a 985 pés (cerca de 300 metros) abaixo do solo e têm capacidade para albergar até 10 mil pessoas.
Os abrigos estão ligados a outros fora da cidade e ao terminal VIP no aeródromo de Vnukovo, a 28 quilômetros do centro de Moscou, caso Putin e sua comitiva precisem fugir.
O relatório – que antecede a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA, mas só agora divulgado – diz ainda que Putin acredita que a potência americana está empenhada na mudança de regime russo, como parte dos esforços para “promover a democracia em todo o mundo”.
Desde 1981 que o Pentágono produzia uma avaliação sobre as capacidades de guerra da União Soviética, mas esses documentos pararam em 1991, dez anos depois, com a queda do Estado socialista.
O tenente general Vincent Stewart – diretor da DIA – disse que era hora de voltar a fazer os relatórios, devido ao ressurgimento da Rússia no cenário político mundial.
A agência destaca ainda a forma como o Kremlin mantém os bunkers interligados por uma rede ferroviária que dá aos membros da elite política e militar russa a oportunidade de uma fuga rápida na eventualidade de um qualquer evento catastrófico.
Durante a campanha eleitoral de Donald Trump era esperado que as relações entre as duas potências aquecessem e se tornassem em uma bonita amizade, mas isso nunca aconteceu – pelo menos até agora – porque a Casa Branca se envolveu em um escândalo que liga a campanha republicana ao Kremlin.
Além disso, a tensão entre as duas potências tem crescido devido à divergência de posições acerca da Síria – que só aumentou depois de Trump ter prometido agir contra Bashar al-Assad, um velho aliado de Putin.
Mas Putin enfrenta agora um desafio substancial: apesar de um aumento contínuo nas despesas com a Defesa, este ano o orçamento russo cairá em 30% devido à baixa do preço do petróleo.
Os bunkers e os líderes mundiais – uma história íntima
Esta não é a primeira vez que se ouve falar em bunkers para salvar líderes mundiais. O norte-americano Robert Vicino, especialista em sobrevivência, alega que os líderes das principais nações mundiais “já sabem que o fim do mundo está próximo”, e se preparam secretamente construindo bunkers subterrâneos.
Em fevereiro, o especialista deu uma entrevista ao britânico The Sun, na qual conta que os líderes mundiais estão se preparando para o fim do mundo, construindo bunkers subterrâneos secretos para a elite política, diz Vicino, garantindo que os governos dos EUA e do Reino Unido já fazem planos secretos para salvar as suas vidas; planos esses que não nos incluem. “Eles não têm um plano para você ou para mim, só para eles”, disse.
Segundo o perito, o maior destes abrigos nos EUA foi planejado em 1983 e encontra-se debaixo da cidade de Denver. Tem capacidade para apenas 10 mil pessoas e está “reservado exclusivamente a funcionários do governo e pessoas poderosas”.
O especialista cita ainda um “exercício de preparação para um desastre nuclear” realizado na Rússia, no qual participaram 40 milhões de pessoas, que diz ser uma prova de que o fim pode estar mais próximo do que imaginamos.
Mas segundo Robert Vicino, a razão destes planos secretos não é uma provável Terceira Guerra Mundial – o verdadeiro receio da elite que governa o mundo e se prepara para o seu fim é na realidade que aconteça um desastre natural de proporções gigantescas.
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