A inteligência artificial e a automatização do trabalho está começando a dominar as empresas, que utilizam cada vez mais a tecnologia para desempenhar funções repetitivas, perigosas ou de elevada exigência física. No entanto, as consequências negativas não demoraram a aparecer.
Foi o caso de Wanda Holbrook, uma mulher que trabalhava como técnica de manutenção na fábrica de componentes automóveis Ventra Ionia Mains no Michigan, EUA, e que faleceu em julho de 2015.
A mulher ficou presa num dos robôs sendo posteriormente esmagada e declarada morta no local. A causa teria sido uma possível falha técnica do aparelho e, agora, o robô está a ser acusado da morte.
Segundo o Telegraph, o marido da vítima, William Holbrook, já apresentou queixa das cinco empresas que utilizam este tipo de máquinas – a Lincoln Electric, Flex-N-Gate, Prodomax, FANUC e Nachi.
William afirma que os robôs, as ferramentas, os comandos e as peças não foram adequadamente projetadas e não eram adequadas para uso.
Segundo o processo judicial, o robô da seção 130 entrou na seção 140 onde Wanda Holbrook estava trabalhando. Depois, ao tentar colocar uma peça na linha de montagem, acabou esmagando a mulher.
“O robô da seção 130 nunca deveria ter entrado na seção 140 e nunca deveria ter tentado carregar um conjunto de engate dentro de uma montagem que já estava carregada com uma montagem de engate”, lê-se na denúncia.
William Holbrook afirma que Wanda teve uma morte dolorosa, e “sofreu um tremendo susto, choque e sofrimento conscientes” enquanto estava a ser esmagada.
// ZAP