A Rede de Observatórios da Segurança publicou seu relatório de dados sobre a violência contra a mulher do ano de 2020.
O boletim, que traz números de cinco estados (SP, RJ, PE, CE e BA), mostrou que houve um crescimento na quantidade de crimes de feminicídio e violência de gênero. Outro número que assusta é que São Paulo registrou 40% do casos monitorados pela Rede.
Pandemia trouxe mais violência contra a mulher
A epidemia silenciosa de violência contra a mulher se expandiu durante a pandemia. O isolamento social acabou contribuindo para um crescimento desse tipo de crime em todo o Brasil. Somente no estado do Rio de Janeiro, no início da pandemia, foi registrado um aumento de 50% nos casos de agressão contra mulheres.
O relatório da Rede de Segurança mostrou ainda que, depois de São Paulo, Pernambuco é o segundo estado com a maior quantidade de feminicídio. O Rio de Janeiro é o segundo estado que mais agride mulheres, conforme mostra o documento.
Outro dado assustador é que a Rede, que monitora a imprensa e as redes sociais, registrou 74% mais casos de feminicídios que o governo do Ceará.
Segundo o relatório, são cinco casos por dia de violência contra a mulher e feminicídio nos cinco estados. O número é absurdo.
Dados da Rede de Observação de Segurança mostram que São Paulo é primeiro lugar em índice triste: a violência contra a mulher. Fonte: Rede de Observatórios da Segurança
O levantamento ainda mostrou 21 casos de transfeminícidio, termo dado ao assassinato de mulheres trans por motivos transfóbicos. O estado do Ceará concentrou a maioria: 13. Foi em Camocim (CE), que a jovem trans Keron, de 13 anos, foi assassinada, já em 2021.
A Rede não conseguiu mapear os dados por raça e também acredita que há subnotificação dos índices. Para denunciar violência contra a mulher, é só discar 180. As denúncias devem ser feitas para todos os tipos de violência (física, psicológica e patrimonial). Caso você seja testemunha ou suspeite da violência de gênero, meta a colher e denuncie também.
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