Nosso planeta registrou o dia mais “curto” desde que os registros começaram em 1972. É esperada a possível adição de um segundo bissexto negativo pela primeira vez, diz mídia.
Durante o ano passado, nosso planeta exibiu um aumento na velocidade de rotação em mais de uma ocasião, potencialmente necessitando de certas medidas correcionais por “cronometristas internacionais” no futuro, escreve o portal Live Science.
De acordo com a mídia, os “28 dias mais rápidos registrados” desde 1960, quando a Terra completou sua rotação em torno de seu eixo “milissegundos mais rápido que a média”, ocorreram todos em 2020, embora a velocidade de rotação do planeta aparentemente varie a toda hora.
Anteriormente, as discrepâncias menores entre o tempo astronômico e o Tempo Universal Coordenado (UTC), que surgem devido a estas flutuações na velocidade de rotação da Terra, foram resolvidas acrescentando um chamado “segundo bissexto” ao ano no final de junho ou dezembro, trazendo assim “o tempo astronômico e o tempo atômico novamente em ordem”.
Apesar da adição destes segundos bissextos como resultado de “a tendência geral de rotação da Terra” ter sido “retardada” desde a implementação da medição precisa por satélite na segunda metade do século XX, uma aceleração do giro de nosso planeta pode potencialmente requerer o uso de um “segundo bissexto negativo” pela primeira vez, observa a mídia.
“É cedo para dizer se é provável que isso aconteça”, disse o físico Peter Whibberley, do Laboratório de Física Nacional do Reino Unido, segundo o jornal The Telegraph.
“Há também discussões ocorrendo sobre o futuro dos segundos bissextos, e também é possível que a necessidade de um segundo bissexto negativo possa levar a decisão no sentido de acabar com os segundos bissextos para sempre.”
A Live Science aponta, no entanto, que o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra em Paris, França, que é responsável por “determinar se é necessário adicionar ou subtrair um segundo bissexto”, não mostra “nenhum novo segundo bissexto planejado para ser adicionado”.
Desde 1972 cientistas têm acrescentado em média um segundo a cada 18 meses, de acordo com o Instituto Nacional de Normas e Tecnologia dos EUA. O último antes de 2020 foi na véspera do Ano Novo de 2016. O anterior recorde pertencia ao ano 2005, e é previsto que 2021 seja ainda mais rápido, prevê o portal Time and Date.
Ciberia // Sputnik