Com a justificativa de economizar R$ 61,4 milhões neste ano e corrigir discrepâncias do número de eleitores, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cortou 395 juízes e 395 promotores que atuariam nas eleições.
As informações são da Folha, que revela: a cifra representa 1,48% do total autorizado à Justiça Eleitoral para despesas com pessoal, ou 0,86% do valor estabelecido na Lei Orçamentária Anual de 2018 sob a rubrica tarja de “gestão do processo eleitoral”.
O estado do Rio tinha 253 zonas eleitorais e sofreu a maior redução – 88 delas deixaram de existir. O TSE diz que havia distorções. Na cidade de São Paulo, por exemplo, havia 58 zonas eleitorais para 8,9 milhões de votantes. Na capital fluminense, por outro lado, eram 97 zonas para 4,8 milhões de eleitores.
O jornal destaca que “a medida sofre críticas de magistrados e representantes do Ministério Público, que apontam sobrecarga e menos fiscalização como consequências dos cortes. Por outro lado, juízes e promotores recebem, além do salário, uma gratificação para atuar na Justiça Eleitoral.”
E acrescenta: “até o ano passado, havia 3.040 zonas eleitorais em todo o país, cada uma com um juiz e um promotor, de acordo com o TSE. Com as extinções, agora são 2.645.”