Manifestantes e policiais militares se enfrentam em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O conflito começou por volta das 15h40.
Manifestantes usando máscaras entraram em confronto com policiais militares que fazem a segurança do prédio, onde deve começar ainda hoje a discussão da proposta de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).
Os manifestantes atiram rojões e pedras contra a tropa, que reage com bombas de gás lacrimogêneo, tiros de balas de borracha e spray de pimenta.
Alguns policiais foram encurralados por manifestantes em um carro blindado, e tiveram que fugir. Um coquetel molotov foi lançado pelo grupo que participa do protesto.
Segundo a PM, três policiais foram feridos e estão sendo socorridos no Hospital Central da PM e no ambulatório da Alerj. Não há informações sobre o número de manifestantes atingidos. Um homem foi preso.
A região no entorno da Alerj, incluindo a Praça XV, de onde saem as barcas para Niterói, foi bloqueada para o trânsito e para pedestres.
O comércio das ruas São José, Primeiro de Março foi fechado por medida de segurança e o funcionamento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que trafega entre a Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Santos Dumont, também foi suspenso.
Votação
Dentro da Alerj, deputados encerraram a segunda sessão de votações do dia sob cheiro de gás lacrimogêneo e ao som das bombas atiradas do lado de fora do prédio.
Alguns deputados pediram ao presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), que os trabalhos fossem interrompidos, mas não foram atendidos. Segundo Picciani, caso alguém passe mal, há médicos à disposição na Casa.
Os deputados precisam votar 27 vetos do Executivo a projetos de lei aprovados na Alerj para liberar a pauta para análise da privatização da Cedae. O início da discussão estava marcado para as 15h, mas foi adiado por obstrução da oposição e remarcado para as 19h. Picciani anunciou que pode haver sessões no fim de semana para votação da proposta. O projeto que trata da venda da Cedae já recebeu 195 emendas.