Depois de divulgar documentos mostrando diversas práticas da CIA em ciberespionagem, o Wikileaks afirmou que disponibilizará para diversas empresas o acesso às ferramentas usadas pela agência norte-americana para invadir seus sistemas e acessar dados.
A informação foi dada pelo próprio fundador do WikiLeaks, Julian Assange, embora ele não tenha dado detalhes de como essa “cooperação” com as empresas acontecerá. No início da semana, a empresa mostrou documentos que indicavam o uso de softwares maliciosos pela CIA, entretanto ele não deu acesso público aos softwares.
A “colher de chá” para as empresas, segundo Assange, servirá para que elas desenvolvam as soluções para melhorar a segurança em seus dispositivos, incluindo produtos para o consumidor, como smartphones, computadores e até mesmo televisões conectadas.
“Nós decidimos que trabalhar com elas (fabricantes) para entregar detalhes técnicos que temos para que soluções sejam desenvolvidas e lançadas. Assim as pessoas estarão mais seguras”, disse Assange.
A Microsoft e Cisco, duas empresas citadas nos documentos divulgados pelo WikiLeaks, já demonstraram publicamente interesse nas informações, mas pediram que elas fossem submetidas por meios oficias de comunicação.
Já empresas como Google, Apple e Samsung, também citadas diretamente nos documentos, não se pronunciaram a respeito.
De qualquer forma, a práticas de espionagem divulgadas pelo WikiLeaks deixaram empresas e alguns usuários preocupados devido às táticas usadas pela CIA para invadir sistemas alheios.
Por exemplo, um documento cita um programa capaz de invadir uma smart TV da Samsung e usar sua câmera e microfone embutidos para gravar conversas de alvos.
Outros documentos mostraram também táticas para grampear iPhones, celulares com sistema Android e até mesmo dispositivos com sistemas criptografados de ponta-a-ponta, tais como Signal ou WhatsApp.
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