O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (30) ao chegar no Senado que continuará na liderança do partido na casa, se essa for a decisão da bancada. Os 22 senadores peemedebistas se reunirão mais tarde para decidir, entre outros pontos, quem deve conduzir o partido.
Segundo Renan, a reunião servirá para fazer uma avaliação da liderança e definir a posição do PMDB em relação às matérias “mais conflitantes” que tramitam no Congresso.
“É uma oportunidade pra que a gente possa conversar com todo mundo e ver, com humildade, quem tem mais condições de exercer a liderança do partido neste momento. Se for eu, eu não tenho o que fazer, eu topo o desafio”, disse.
O senador tem se posicionado de forma crítica a algumas propostas do governo e a expectativa é de que a bancada escolha outro nome para a liderança. As críticas mais recentes têm em relação à tramitação da reforma trabalhista no Senado.
Atualmente, os senadores da base aliada tentam aprovar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a proposta encaminhada pelo governo.
Depois de fechar um acordo de procedimento, os membros da comissão decidiram hoje que o relatório será votado na próxima semana. Para Renan, a matéria enfrentará dificuldades para passar. “Pelo quadro que nós estamos vendo na CAE, é uma votação muito difícil, há uma tendência pra se rejeitar a matéria”, declarou.
Questionado sobre a troca de no Ministério da Justiça, Renan afirmou que o novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, deve atuar melhor na relação entre os poderes, mas evitou comentar a situação do ministro Osmar Serraglio.
“O ministro da Justiça tem um excelente perfil e vai, sem dúvida nenhuma, exercer um grande trabalho na interlocução com os poderes. Era isso que faltava”, afirmou.